sexta-feira, 26 de outubro de 2012


A LINHA DAS ALMAS

O chefe da Linha das Almas é Dom Miguel, que, no sincretismo católico-umbandista corresponde ao arcanjo São Miguel.

A Linha da Almas, da Umbanda, é uma legião de todos os espíritos dos cultos africanos. Possui grande força porque trabalha em todas as linhas. Os EGUNS e os CACARUCAIS constituem os elementos dessa linha.

Nessa linha, não se usa o jogo de búzios mas, o espelho psíquico e a raiz de ervas, como a GUINÉ, o MILHOMEM, ETC.

Na Linha das Almas, não baixam orixás, mas espíritos desencarnados e espíritos da natureza, que não são orixás. Os seus apetrechos são: tigela branca, rosário, crucifixo e cachimbo(CAXIMBI).

Quando arriado, o espírito da Natureza bate e geme no peito. Não fala. Dá fortes gritos. Esses espíritos são chamados para SAKAANGA, isto é, para desfazer o mal e destruir malefícios enterrados. Praticam também, operações invisíveis.

Nessa linha, faz-se defumador forte, de guiné, pau d'alho e outras ervas. Tratam seus parceiros de KAMBA(homem) e MUKAMBA (mulher). Esses protetores sempre trabalham com a vela acesa na frente pois, os seus "CAVALOS" às vezes abrem os olhos. Os elementais, ou espíritos da natureza, quando manifestados na Terra, perdem sua visão. Trabalham com vinho (sangue de Cristo) ou erva quinada, servindo esta também de garrafada de remédio. Os elementais sempre se acompanham de 3 ou 4 almas.

O ponto riscado contém vela e copo. O punhal denomina-se "Ponteiro".

Existem, hoje, vários terreiros de OMOLOCÔ cruzados com a Linha das Almas. Quando o iniciado vai fazer obrigação na linha das almas é coroado. Usa vestes brancas.

 LINHA DE ATUAÇÃO DOS MALANDROS ( ACOSTA MALANDROS)

As entidades que hoje se manifestam nessa “nova” linha de ação e trabalho umbandista, antes chegavam nas giras nas linhas dos Baianos ou dos Exus. Aos poucos, foram sendo aceitos, respeitados e procurados, ganhando linha própria, comandados por Seu Zé Pelintra.

Originaram-se no Catimbó nordestino, com identidade na pajelança xamânica dos índios brasileiros e no catolicismo, na chamada Linha dos Mestres e do culto à Jurema sagrada, bem antes da Umbanda. São o resultado da grande miscigenação cultural e racial brasileira e retratam as populações marginalizadas, desfavorecidas, pobres e sofredoras das periferias do país, tanto rurais quanto urbanas.

O Catimbó se desenvolveu paralelamente à Umbanda, mas ambos se encontraram nos grandes centros urbanos. O termo “Mestre”, usado no Catimbó, vem da feitiçaria européia, principalmente a portuguesa, da qual adotou várias práticas, inclusive o uso do caldeirão e rituais de magia. É fundamental no Catimbó o uso de ervas e raízes, a fidelidade aos dogmas do catolicismo, aos santos, ao terço, à água benta e à reza. O trabalho e a força estão na fumaça e nas ervas. O fumo é especialmente preparado e a magia do trabalho vai pelo ar, no tempo, junto com a fumaça e a bebida.

Em geral, os mestres são espíritos curadores que tiveram mortes trágicas e se “encantaram”. Trabalham para a solução de alguns problemas materiais e amorosos.

As entidades que se manifestam na Linha dos Malandros são um agrupamento de espíritos que viveram suas reencarnações na pobreza e no sofrimento, mas souberam tirar da dor o humor e o jogo de cintura para driblar a miséria e o baixo astral. Por onde passam levam alegria e arrancam sorrisos e gargalhadas, com seu samba no pé, sua ginga e malandragem.

Os malandros do astral não são marginais do além, como muitos supõem. São espíritos amigos, voltados para a prática da caridade espiritual e material. Propagam o respeito ao ser humano, a tolerância religiosa, a humildade, os bons exemplos, o amor ao próximo, o amparo às crianças desamparadas e aos idosos. Combatem as trevas e desmancham feitiços e magias negras.

Em locais de extrema pobreza e ausência de assistência pública e de justiça humana, os malandros estão presentes com sua misericórdia, buscando aliviar o sofrimento e socorrer os necessitados, enxugando as lágrimas dos que sofrem.
Manifestam-se na Linha dos Malandros muitos “Zés”: Zé Pelintra, Zé da Virada, Zé Navalha, Zé Malandrinho, Zé da Faca e outros, como Chico Pelintra, Cibamba, Seu Malandro. São “mandingueiros” do bem e apresentam grande senso de humor em suas manifestações. São entidades da rua, encontrados em bares, festas, subidas de morros etc.

Zé Pelintra é uma entidade urbana, que pode até nada ter a ver com a origem dos mestres, mas é chamado de mestre catimbozeiro, doutor, curador, conselheiro, defensor das mulheres, das crianças e dos pobres, guerreiro da igualdade social, médico dos pobres, advogado dos injustiçados, dono da noite e rei da magia. Tem grande importância nos catimbós e nas macumbas cariocas e é o protetor dos comerciantes, principalmente de bares, lanchonetes, restaurantes e boates.
A saudação para essa linha é: Salve os Malandros! Salve a Malandragem!

Suas cores são o vermelho e o branco ou o preto e o branco. A regência dos malandros é de Pai Ogum e, pelas cores, Pai Omolu.




Exus da Linha das Águas

Em cada área específica existem Exus responsáveis e cada Exu Guardião com sua Falange está presente nas: Calunga Grande (Mar), Calunga Pequena (Cemitério) e Calunga das Matas (Matas).

A Linha dos Exus do Mar é composta por espíritos que em alguma encarnação pretérita se apresentou ou teve contato com pescadores, marinheiros, enfim todos os homens e mulheres que tiveram uma ligação estreita com tudo relacionado ao mar. 

Trabalham com velas pretas ou azuis e com areia da praia. Suas guias são da mesma cor, com conchas e búzios. Alguns nomes desses Exus são: Exu Tranca Rua das Almas do Mar, Exu Pirata, Exu Caveira do Mar, Exu Rei dos 7 Mares, Exu Marinheiro, Pombagira do Mar, Maria Padilha da Praia, Pombagira da Maré, Pombagira Rainha da Praia.

Também fazem parte da Falange do Mar alguns Exus da Linha das Almas, pois eles não se apresentam somente na Calunga Pequena. Muitos atuam na Calunga  Grande e na Calunga das Matas. Como exemplo temos o Exu Pimenta que pertence a Linha das Almas e vive na Calunga das Matas, onde socorre as almas que vagam levando-as à Luz, se merecedoras, ou ficam com ele e outros Exus, onde a alma é reeducada sempre visando levá-la à Luz. Outro exemplo é a Pombagira Rainha dos 7 Cruzeiros da Calunga Grande, que vive no mar, fazendo a mesma atribuição do Exu Pimenta.

Com orgulho e alegria de ser Umbandista, Saravá/Namastê!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


MARINHEIROS
SALVE O POVO DA ÁGUA!!!
Eles chegam do mar e desembarcam em terra, sua alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio “maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na Umbanda em prol da caridade.
Eles conheceram muito bem o mar e a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das viagens que empreenderam que duraram anos e anos.
As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá e também de Oxum, que compõem o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes, pois enfrentarem guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança.
Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.
Quando dão consultas, essa Falange costuma ir direto ao ponto, sem rodeios, mas também sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxilio e de esperança.
Carregam consigo um sentimento profundo de amizade. Nas consultas, gostam muito de ajudar àquelas pessoas que se apresentam com problemas amorosos. Seus conselhos são sempre fiéis e certeiros, têm uma grande responsabilidade e assumem o compromisso de um trabalho bem-feito.
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Todas as pessoas tem uma idéia muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.
Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertar-mos de nossos entraves, com uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida, deixando o assistido muito avontade com trejeitos peculiares desta linha maravilhosa da umbanda.
Muito diferente do que imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas ondas energéticas se utilizando do próprio médium.
Como isso ocorre?
Em torno do médium existe um campo de energia sustentado por seus centros de força e, além da energia gerada a partir da energia corpórea, existe um campo espiritual que se reflete em todo o ambiente. Os guias quando encorporados em seus médiuns, dançam, giram, balançam, gesticulam, etc… desta forma os guias liberam não só a energia que se desprende do médium, mas também libera de forma salutar o poder de seu mistério através de ondas magnéticas que são liberadas dentro do campo espiritual do médium e do templo. É desta forma que os marinheiros fazem, em formas onduladas, ou através de seu balanço, que mais parece de uma pessoa embriagada, é que este irmão na luz faz seu trabalho redentor dentro dos campos da Umbanda Sagrada.
É importante que os médiuns e principalmente os assistidos, saibam de tal fato, para que estes não deturpem e não dêem um mal sentido aos trabalhos de Umbanda.
Os marinheiros são sustentados pelo poder de nossa Mãe Iemanjá e sua cor de atuação é a mesma desta mãe Divina, que é o azul claro. Podemos sempre que necessitarmos, ativar o poder destes servidores da lei em nossa vida, acenda sua vela e faça uma prece, pedindo para eles abrirem seus caminhos e protege-los. É maravilhoso.
Todos devem estar sempre com os pensamentos voltados ao Pai Celestial, para que assim a fé interior esteja sempre renovada. Que todos tenham a consciência de que as mudanças só serão possíveis se partirem primeiramente de vosso íntimo e acreditar, lutar pelos vossos idéias. A busca do sucesso depende de vosso próprio esforço, dedicação e merecimento. Portanto, não pare no tempo, cruzando os braços a espera de milagres. Levantem-se, tenham fé, renovem suas esperanças, acreditem no poder do Pai Maior e corram atrás de seus objetivos.
Alimentem vosso espírito com muito amor, esperança e fé para assim projetar a verdadeira essência divina a todos os vossos semelhantes. Vossa mente tem um poder grandioso. Use-a para exercitar o bem, com o objetivo de unirmos nossas forças para estarmos cada vez mais ligados a Deus, receba de braços abertos à energia de todos os Orixás, dos vossos marinheiros que estão o tempo todo a vos ajudar quando solicitados.
Sejam positivos em qualquer situação.
Se você quer o melhor para sua vida, comece fazendo uma reflexão de seus próprios atos, pois muitas pessoas reclamam de determinados acontecimentos em suas vidas, mas esquecem de que tudo tem um porque. Portanto, reflitam sobre vossos pensamentos e atitudes para que não sofra conseqüências negativas.
A vida é um espelho. Vigie-a sempre. E lembre-se de que tudo pode quando trazemos “Deus” em nossos corações.
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A alegria dos MARINHEIROS!
“Quantas ondas tem o mar?
Quantos grãos tem de areia?
Eu vim pra descarregar
Sou marinheiro da mamãe sereia.”
Aos poucos eles desembarcam de seus navios da calunga grande e chegam em Terra. Com suas gargalhadas, abraços e apertos de mão. São os marujos que vêm chegando para trabalhar nas ondas do mar.
Os Marinheiros são homens e mulheres que navegaram e se relacionaram com o mar. Que descobriram ilhas, continentes, novos mundos.
Enfrentaram o ambiente de calmaria ou de mares tortuosos, em tempos de grande paz ou de penosas guerras.
Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum (povo d’áqua) e trazem uma mensagem de esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança e trabalho unido, em grupo.
Seu trabalho é realizado em descarregos, consultas, passes, no desenvolvimento dos médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas.
A gira de marinheiro e bem alegre e descontraída. Eles são sorridentes e animados, não tem tempo ruim para esta falange. Com palavras macias e diretas eles vão bem fundo na alma dos consulentes e em seus problemas.
A marujada coloca seus bonés e, enquanto trabalham, cantam, bebem e fumam. Bebem Whisky, Vodka, Vinho, Cachaça, e mais o que tiver de bom gosto. Fumam charuto, cigarro, cigarrilha e outros fumos diversos.
Em seus trabalhos são sinceros e ligeiramente românticos, sentimentais e muito amigos. Gostam de ajudar àqueles e àquelas que estão com problemas amorosos ou em procura de alguém, de um “porto seguro”.
A gira de marinheiro, em muito, parece uma grande festa, pela sua alegria e descontração, mas também, existe um grande compromisso e responsabilidade no trabalho que e feito.
Salve o Povo D’água!
[4]
MAROLA DO MAR
Entidade ligada ao povo d’água. Sua função dentro desta linha é de fazer a limpeza de toda a carga acumulada, após algum trabalho mais pesado, levando todas as cargas negativas para as ondas do mar sagrado.
Entidade que trabalha na linha de Iemanjá, com forte influencia de Ogum, facilmente (ou comumente), confundido com marinheiro, é uma entidade que não bebe e nem fuma, seu descarrego é baseado no movimento da “marola do mar”, que vai e vem.
Foi um ser vivente em uma época muito distante. Quando vivo, tinha fixação pelas ondas do mar, conseqüentemente por Iemanjá, passava horas a fio a observar as ondas na esperança de vê-la. Cansado de esperar pela visão tão esperada, foi ao encontro das ondas julgando ouvir o chamado de Iemanjá, sendo assim tragado pelas ondas, encontrando enfim a morte nos braços de sua paixão.
Passado o tempo, voltou como entidade, por sua afinidade com este Orixá, passou a trabalhar nesta linha, com a função de levar para Iemanjá toda a carga negativa que se encontrasse ao redor de seus filhos queridos.
É uma entidade rara em terreiros de umbanda, até hoje poucos se viram ou se sabe da existência, porém, é uma entidade de muita força e luz.
Material de trabalho: Velas azul e branca
Local de entrega: Na marola do mar
Ponto cantado:
A “marola do mar” E vem tombando, e vem tombando, e vem tombando A “marola do mar”
E vai tombando e todo mal vai carregando.
PONTOS DE MARINHEIRO
Andai No Mar! (2x)
Quem Acompanha Marinheiro
Toda Vida Anda No Mar!
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Marinheiro, Marinheiro…
Marinheiro Só…
Quem Te Ensinou A Nadar…
Marinheiro Só…
Oi Foi O Tombo Do Navio…
Marinheiro Só…
Oi Foi O Balanço Do Mar!
Marinheiro Só…
Lá Vem…Lá Vem…
Ele É Faceiro… Todo De Branco…
Com Seu Bonezinho… Marinheiro, Marinheiro!
Quem Te Ensinou A Nadar…
Oi Foi O Tombo Do Navio…
Oi Foi O Balanço Do Mar…
Eu Não Sou Daqui…Eu Sou Do Amor!
Eu Sou Da Bahia…De São Salvador!
Marinheiro Só…
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Marinheiro Agüenta O Leme
Não Deixa A Barca Virar!
É Contra O Mar
É Contra O Vento!
É Contra O Vento
É Contra O Mar!
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Ô Martim Pescador Que Vida É A Sua?
Bebendo Cachaça E Caindo Na Rua!
Não Vá Beber… Não Vá Se Embriagar!
Não Vá Cair Na Rua Pra Polícia Te Pegar!
Eu Já Bebi… Eu Já Me Embriaguei!
Eu Já Caí Na Rua E A Polícia Não Pegou!
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Eu Venho De Longe Pisando Na Areia
Na Areia Tenho Que Pisar!
Mas Ele É Seu Marinheiro Verdadeiro…
Aqui Em Qualquer Lugar!
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Um Barquinho Vem Vindo Do Mar…
É O Marinheiro Que Vem Trabalhar!
Ele É Filho Das Águas Claras…
Eu Venho Aqui Quando Me Chamar!
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Marinheiro Vem Do Mar…
No Balanço Do Navio…
Vem Trazendo A Santa Bênção…
Para Todos Os Seus Filhos!
Yemanjá Governa As Águas
Yansã A Tempestade
Com A Força Do Divino
Vem Trazendo A Caridade!
No Céu A Lua Brilha
As Ondas Do Mar Balançam
No Dia De Nossa Senhora
Na Areia A Sereia Canta!
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Ei Marinheiro
Seu Barco Estava Afundando!
Ainda Bem Que Ele Foi Salvo
Na Jangada Dos Baianos!
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ô, Marinheiro…
Dá licença de passar,
Seu navio está no porto,
Ele veio de alto mar.
É no balanço do mar q ele vem…
É no balanço do mar q ele vai…
É no balanço do mar q ele vem…
É no balanço do mar q ele vai…
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Rema a canoa, Canoeiro…
Rema a canoa, Devagar…
Rema a canoa.
Canoeiro, não deixe o barco virar.
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PONTOS P/ BAIXAR:
http://www.4shared.com/network/search.jsp?sortType=1&sortOrder=1&sortmode=1&searchName=MARINHEIRO&searchmode=2&searchName=MARINHEIRO&searchDescription=&searchExtention=&start=0
NOTAS:
Os marinheiros permitem aos médiuns a desenvolverem o equilíbrio emocional, entrar em contato com as emoções mais intimas desbloqueando e liberando os excessos, os vícios. Desenvolvendo no médium a capacidade de sentir as dores dos outros e com isso aprimorando as relações com o seu irmão.
VELAS – branca, azul ou bicolor branca e azul.


LINHA DOS CABOCLOS


No culto de Umbanda, Oxossi é o chefe da linha de caboclos. O caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes, canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças aos tempos de aldeia.

São conhecedores de muitas ervas. Os caboclos têm um papel muito importante: os remédios de ervas e amacis - mistura de ervas que maceradas servem para o fortalecimento do filho-de-santo. Já os remédios de ervas são plantas ou ervas que combinadas ou sozinhas servem para aliviar ou até mesmo curar doenças.

Nisso tudo os caboclos têm participação muito especial e são encarados e interpretados pelo povo como uma entidade que veio ajudar e aliviar as pessoas dos seus problemas.

Alguns nomes de caboclos: Caboclo 7 Estrelas ,Caboclo 7 Flechas, Caboclo Guará, Cabocla Jurema, Cabocla Jandirá, Caboclo Pena Branca, Caboclo Boiadeiro.

Dentre muitos caboclos, o Caboclo Boiadeiro tem sempre uma participação especial nas seções de caboclo.

O nome "Jurema" vem do tupi-guarani: Ju significa "espinho" e Remá, "cheiro ruim".

A jurema é uma planta da família das leguminosas. Os frutos das plantas leguminosas são vagens. Existem várias espécies de jurema, como por exemplo: Jureminha, Jurema Branca, Jurema Preta, Jurema da Pedra e Jurema Mirim.

Esta planta tem muita importância no culto espiritual dos caboclos e nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tanto que dá nome a um culto chamado de "Culto à Jurema". Esse culto deve-se ao fato de que os nossos índios enterravam seus mortos junto à raiz da jurema. Desde então, passaram a cultuar esses mortos para que eles evoluíssem espiritualmente e habitassem o tronco da jurema ajudando a todos da tribo em suas necessidades.

Os caboclos são geralmente espíritos de civilizações primitivas, tais como índios: Incas, Maias, Astecas e afins. Foram espíritos de terras recém formadas e descobertas, eles formaram sociedades (tribos e aldeias), com perfeita organização estrutural, tudo era fabricado por eles, desde o cultivo de alimentos até a moradia.

Como foram primitivos, conhecem bem tudo o que vem da terra, assim caboclos são os melhores guias para ensinar a importância das ervas e dos alimentos vindos da terra, além de sua utilização. Assim como os Preto-velhos, possuem grande elevação espiritual, e trabalham dando passes e consultas, em busca de sua elevação espiritual. Subordinados aos Orixás, que lhes concede uma força mestra na sua personalidade e forma de trabalho, igual aos Preto-velhos.

Quando falamos na personalidade de um caboclo ou de qualquer outro guia, estamos nos referindo a sua forma de trabalho. Costumam usar durante as giras, penachos e fumam charutos. Falam de forma rústica lembrando sua forma primitiva de ser, dessa forma mostram através de suas danças muita beleza, própria dessa linha. Seus "brados", que fazem parte de uma linguagem comum entre eles, representam quase uma "senha" entre eles. Cumprimentos e despedidas são feitas usando esses sons. Costumamos dizer que as diferenças entre eles estão nos lugares que eles dizem pertencer. Dando como origem ou habitat natural, podendo ser:

Caboclos da mata - Esses viveram mais próximos da civilização ou tiveram contato com elas.

Caboclos da mata virgem - Esses viveram mais interiorizado nas matas, sem nenhum contato com outros povos.

Assim vários caboclos se acoplam dentro dessa divisão. Torna-se de grande importância, conhecer esses detalhes para compreendermos porque alguns falam mais explicados que outros. Porém, ainda existem as particularidades de cada um, que permitem diferenciarmos um dos outros. A primeira é a "especialidade" de cada um, são elas: curandeiros, rezadeiros, guerreiros, os que cultivavam a terra (agricultores), parteiras, entre outros.

A segunda é diferença criada pela "força da natureza" que os rege. É o Orixá para quem eles trabalham. Para nós da Umbanda, é importantíssimo saber que a "personalidade" de um caboclo se dá pela junção de sua "origem", "especialidade" e "força da natureza" que o rege.

Sua prática da caridade se dá principalmente com a manipulação, no preparo de remédios feitos com ervas, emplastos, compressas e banhos em geral até manipulação física, como por rezar "espinhela caída". Esses guias por conhecerem bem a terra, acreditam muito no valor terapêutico das ervas e de tudo que vem da terra, por isso as usam mais que qualquer outro guia. Desenvolveram com isso um conhecimento químico muito grande para fazer remédios naturais.

Como são espíritos da mata propriamente dita, todos recebem forte influência de Oxossi, no sentido apenas do conhecimento químico das ervas, independente do Orixá que trabalhe. São espíritos que também trabalham muito com passe. Acreditamos ser pela facilidade de locomoção, já que normalmente trabalham de pé. As Linhas de caboclos são:
Linha do OrientePDFImprimirE-mail
Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira   

A Linha do Oriente, ou dos Mestres do Oriente, é parte da herança da Umbanda, com elementos de um passado comum, berço de todas as magias e alicerce básico das religiões.Entre todos os povos do oriente, desde a mais remota antiguidade, há uma sólida e autêntica tradição esotérica, dita a sabedoria oculta dos patriarcas, os mistérios religiosos dos povos antigos, que só tem chegado até nós em pequenos fragmentos.

A Linha do Oriente abrigou as diversas entidades que não se encaixavam nas matrizes indígena, portuguesa e africana, formadoras do povo brasileiro. Essas entidades preservam conhecimentos milenares; são sábios que ajudam seus irmãos encarnados, independentemente de sua origem religiosa; são espíritos que não encarnam mais, mas que querem auxiliar os encarnados e desencarnados, em sua evolução rumo ao Divino, pois quem aprende tem que usar o que aprendeu. Os mais altos conhecimentos esotéricos da antiguidade são conhecidos, no plano astral, pelas entidades que se manifestam nessa  Linha. São conhecimentos magísticos e espiritualistas desaparecidos no plano material e preservados no astral, mantidos com essas entidades, cada qual com o que era sabido na religião de seu povo. A Linha do Oriente tem enviado uma quantidade imensa de espíritos para a Corrente Astral de Umbanda. São entidades que vêm com a missão de humanizar corações endurecidos e fecundar a fé, os valores espirituais, morais e éticos no mental humano.

Diversos templos umbandistas não têm por hábito trabalhar com essa linha, talvez por desconhecerem os benefícios que os povos ligados às suas diversas falanges podem nos proporcionar. Se as evocarmos, com certeza seus guias nos darão a cobertura e as orientações necessárias e os consulentes poderão usufruir de seus magníficos trabalhos, principalmente relacionados à cura, campo em que gostam de atuar. A Linha do Oriente é regida por Pai Oxalá, irradiador da fé para a dimensão humana, e por Pai Xangô, fogo e calor divino, com entidades atuando nas irradiações dos diversos orixás. Tem como patrono um espírito conhecido, em sua última encarnação, como João Batista, irradiador de muita luz, sincretizado com Xangô do Oriente e conhecido como Kaô. Era primo-irmão de Jesus Cristo e o batizou nas águas do Rio Jordão e tem o comando dos povos do oriente, onde se manifestam espíritos de profetas, apóstolos, iniciados, cabalistas, anacoretas, ascetas, pastores, santos, instrutores e peregrinos. A Linha do Oriente, apesar de não ser oriente no sentido geográfico, popularizou-se e teve seus momentos gloriosos no Brasil nas décadas de 50 e 60, ocasião em que as tradições orientais budistas e hinduístas se firmaram, entre os brasileiros praticantes de modalidades ligadas ao orientalismo. Espíritos falando nomes desconhecidos por nossa gente, que tiveram encarnações como indianos, tibetanos, chineses, egípcios, árabes e outros, incorporavam nos terreiros do Brasil, ao lado das linhas de ação e trabalho dos caboclos e pretos-velhos, sem esquecermos os espíritos ciganos.

A Linha do Oriente ou Linha dos Mestres do Oriente ainda está atuante e beneficiando aqueles que a invocam e a oferendam. A saudação para essa linha é “Salve o Povo do Oriente!”. Alguns usam saudar como “Kaô”! (João Batista) e também “Salve o Povo da Cura!”.
 

Linha dos Ciganos -


Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda. As falanges ciganas juntamente com as falanges orientais têm uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades. Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito.

A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam fazê-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo, lamentavelmente, a legitimidade das obras divinas.

Entretanto, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.

Ao contrário do que se pensam os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito, teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.

Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.

Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.

Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e levá-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus. Trabalham com seus encantamentos e magias olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.

BOIADEIROS

Publicado por Administrador em janeiro 29, 2007
São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda. Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta. Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins. O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano. Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois.
Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como por exemplo cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha. No Terreiro os Boiadeiros vêm “descendo em seus aparelhos” como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração. Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus. Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos. Nomes de alguns boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, etc … Sua saudação: Getruá Boiadeiro, Xetro Marrumbaxêtro
Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, “o caboclo sertanejo”. São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai. Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé. Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa. É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações. Sofreram preconceitos, como os “sem raça”, sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.
Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande. O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro – habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuísse na mão, um laço laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens. Enquanto os “caboclos índios” são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores. Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem).
Sobre Nossos Caboclos Boiadeiros
Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm algumas dificuldades de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos. São sérios, mas gostam de festas e fartura. Gostam de música, cantam toadas que falam em seus bois e suas andanças por essas terras de meu Deus. Os Boiadeiros também são conhecidos como “Encantados”,pois segundo algumas lendas, eles não teriam morrido para se espiritualizarem, mas sim se encantados e transformados em entidades especiais. Os Boiadeiros também apresentam bastante diversidade de manifestações. Boiadeiro menino, Boiadeiro da Campina, Boiadeiro Bugre e muitos outros tipos de Boiadeiros, sendo que alguns até trabalham muito próximos aos Exus. Suas cantigas normalmente são muito alegres, tocadas num ritmo gostoso e vibrante. São grandes trabalhadores, e defendem a todos das influências negativas com muita garra e força espiritual. Possuem enorme poder espiritual e grande autoridade sobre os espíritos menos evoluídos, sendo tais espíritos subjugados por eles com muita facilidade. Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática dada magia na terra. Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os Pretos-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o “dispersar de energia” aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha “sempre” atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos). Quando bradam altoe rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim “limpam” o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações. Esses espíritos atendem aos boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros ”e no descarrego e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo a portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os Exus. Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste. “Gostar” para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele “filho”. Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa. Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, um boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Xangô, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles. Dentro dessa linha a diversidade encontra-se na idade dos boiadeiros. Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões, por exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc… Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
FONTE:http://www.assemacuritiba.com
OUTRO TEXTO:
Boiadeiros
São espíritos de vaqueiros, posseiros, capatazes, cangaceiros e espíritos afins. Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra.
Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os Preto-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o “dispersar de energia” aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha “sempre” atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos).
Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar, assim “limpam” o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que a presença desses espíritos muitas vezes interferem nas consultas de médiuns conscientes. Esses espíritos atendem a boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina.
Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste. “Gostar” para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele “filho”. Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa.
Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, a energia emanada pelo Orixá para quem trabalha é apenas um critério interno e obrigatório dentro do próprio “Ori” – pois na verdade todos são braços de Omulú. Exemplificando essa idéia: Um boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Oxossi, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo no entanto as características deles.
Dentro dessa linha a diversidade encontram-se na idade dos boiadeiros. Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões por exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc…

sexta-feira, 19 de outubro de 2012





tocadores-de-umbanda1Ponto Cantado, este assunto não é tão polêmico quanto ao ponto riscado, mas tem as suas partes para discussões, principalmente por parte do pessoal da Curimba e dos Ogãs.
O que seria o Ponto Cantado? “Ah, esta foi fácilSão musiquinhas que cantamos nos terreiros para dar uma animada na gira”. Pois é, meus irmãos, eu já ouvi isso exatamente desta forma.
O ponto cantado é uma representação cantada da força do Guia, do Orixá e de um trabalho. Com o ponto cantado seguramos a irradiação e sustentamos todo um trabalho. Sei que muitas casas não adotam o Toque e o Canto, mas observo que a união perfeita entre o Atabaque e o Canto tem um poder de realização, que chega a desfazer muitos trabalhos apenas com a irradiação da vibração destes dois elementos.
O ponto cantado além de, na maioria das vezes, falar em forma de música da força do Guia ou do Orixá, ele também dá sustentação para o trabalho e para a vibração positiva da Gira.
Muitos de nós já vimos, fomos a trabalhos onde o pessoal da Curimba e os Ogãs estão tocando e cantando e, no trabalho tem-se a impressão de que foi feito um velório e não uma gira de Umbanda repleta de força, alegria e realização.
O Ponto Cantado tem a mesma importância de um Ponto Riscado, a diferença é que a vibração é constante enquanto estamos entoando os cantos Umbandistas e ele se propaga no astral de uma forma tão densa e tão intensa que realiza trabalhos para quebrar demandas muito fortes.
Quando estamos cantando para os Guias ou Orixás, estamos chamando suas forças para perto de nós, para dentro de nós, onde nos alimentaremos de sua energia astral e renovaremos assim a nossa. Quando batemos palmas nos terreiros não estamos apenas apresentando a alegria por estar no trabalho, mas estamos fazendo com que a energia circule por nosso corpo, pois encostamos a energia positiva (palma da mão direita) com a energia “negativa” (palma da mão esquerda) e no “choque”, no contato dos pólos, esta energia explode em nosso campo energético fazendo com que se renove.
Eu já ouvi muitas pessoas ficarem bravas quando escutam as músicas que são tocadas em rádios sendo tocadas e cantadas em nossos terreiros, então eu pergunto: Qual é a diferença? Qual é o problema em cantar músicas que estão sendo cantadas em rádio dentro das giras (claro que as músicas têm tudo haver com o cenário que está acontecendo)? Além do cântico chamador da força, ainda completamos com as palmas para uma explosão perfeita de energia para realização do nosso trabalho.
Vamos questionar mais um pouco: Como surgiram os pontos riscados dentro da Umbanda? Os pontos riscados surgiram de intuições ou das próprias entidades que recebemos na Umbanda, então uma entidade baixa no terreiro e pede um ponto onde o Ogã e a Curimba não sabem, então a própria entidade pode neste momento cantar o ponto para o responsável pela Curimba, pois o Guia necessitará da evocação daquela força, então quando cantamos algum ponto de Umbanda estamos fazendo a evocação, a chamada daquela força para dentro de nós ou para juntos de nós.
Quando cantamos a nossa mente liga com a Entidade ou com a Divindade e, começamos a chamar aquela determinada força para um determinado trabalho que será ou está sendo realizado no terreiro. É muito importante neste momento não ter interrupções nos pontos e do toque para que não enfraqueça o seu trabalho.
Em resumo, o ponto cantado dos terreiros nada mais é do que uma vibração astral positiva para descarga, renovação, chamada de força, recarga de energia, quebrar demandas, sustentação de trabalhos e realização acionando assim a ligação com o plano astral e as divindades. Quando cantamos, por exemplos, pra Mamãe Oxum o seu famoso ponto: “Eu vi mamãe Oxum na cachoeira, sentada na beira de um Rio...”, só por cantar este ponto já conseguimos visualizar a imagem de uma cachoeira onde encontramos a Paz, harmonia, e assim auxiliando na chamada de nossa mãe Oxum para dentro de nossa vibração e irradiando para todos os presentes.

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quinta-feira, 11 de outubro de 2012


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Quem é Iansã? É a senhora dos ventos, das tempestades. Como Orixá  altiva, poderosa, guerreira, Iansã tem a força que aplaca os raios e os trovões. É  valente e briguenta, não aceita ordens nem escuta desaforos.É independente, nunca se deixa dominar, só obedece a si própria. Seu temperamento, sensual e autoritário. É o único Orixá com poder para controlar a ação de espíritos negativos. Junto com  Omolu  é a dona dos cemitérios sua cor é o amarelo escuro , é sincretizada  com Santa Barbara, festejada em 4 de dezembro. Seu dia na semana é segunda- feira , mas nas quartas-feiras também é cultuada, talvez por sua relação com Xangô.
Iansã pode ser ligada ao arcano do tarô a Imperatriz, ela representa como Orixá, a mulher que pode governar dentro da realidade terrena, ligando o espírito com a carne. Esse arcano sugere uma ligação espiritual pelo emblema da águia no escudo que carrega. A conotação material é maior que a espiritual, pois o arcano traz entre outros significados, a mensagem das riquezas  e da fartura como forma de contentar o espírito. Na mitologia grega esse Orixá é representado por Juno ou Hera, deusa combativa da guerra. A palavra chave de Iansã é oculto.

O Físico e o Temperamento
Os filhos de Iansã são como ela: livres e independentes, não dão nenhuma importância a opinião alheia . Amam a natureza, adoram viajar são extrovertidos e gostam de diversões.
Audaciosos, poderosos e autoritários como ela, os filhos deste Orixá não aceitam afrontas e encaram qualquer desafio prontamente. Sua atitude é geralmente brusca e eles tendem a intimidar seus rivais com uma violência verbal que não mede palavras. Nada fica por dizer ou fazer quando um filho de Iansã reage. Se não provocado, contudo , é uma pessoa capaz de ter um temperamento cordato e tranqüilo. A cólera de Iansã é igual a de seus filhos: violenta e assustadora,ela não suporta ser contrariada.
São ciumentos, não admitem  traição, mas são facilmente envolvidos em confusões sentimentais pois deixam-se seduzir por promessas e elogios. Numa união analisam sempre as vantagens materiais e tendem a escolher alguém com posição social e financeira acima dele.
Adoram  ser adulados, mas não se deixam levar por elogios falsos, pois sabem exatamente quais são seus defeitos e suas qualidades. Os filhos deste Orixá tem domínio invejável sobre sua personalidade. As restrições e limitações são vencidas com força de vontade férrea. Não há nada que eles  se decidam a fazer que não consigam, não há obstáculo capaz de dete-los, nem inimigo capaz de derruba-los. Os impedimentos serão superados, um a um, com determinação e capacidade. São vingativos com os desleais,com os fracos, os mentirosos e com os trapaceiros. São difíceis de perdoar e de serem complacentes, são rígidos em suas atitudes e inflexíveis em suas opiniões. Os olhos dos filhos de Iansã conseguem ver a alma das pessoas, pelo olhar eles dominam  e conhecem  todos. Seus  corpos geralmente são fortes, emanando vitalidade e sensualidade. Não falam muito, não tem gestos bruscos, parecem totalmente equilibrados. Mas esta calma é superficial  e a qualquer momento pode vir uma tempestade pois por dentro eles estão em permanente ebulição.
A franqueza dos filhos de Iansã é sempre verdadeira, nunca dirão alguma coisa só para agradar. Seus elogios são verdadeiros, suas críticas são contundentes e suas opiniões diretas. Normalmente são adorados ou odiados. Corajosos não tem medo praticamente de nada, nem mesmo da morte, nas emergências consegue pensar com frieza e agir com rapidez, são dotados de profundo poder de observação, não há como manter nada escondido deles. Bem sucedidos nos estudos, porque tem auto-controle e aptidão para aprender com rapidez. São afetuosos e apaixonados , embora pouco o demonstrem. Os sonhos e pesadelos são quase uma constante para esses filhos. Na maturidade tendem  a desenvolver depressão e vão tentar resolver sozinhos esse problema.

Amor e Casamento
São amorosos e sensuais, querem alguém com temperamento educado, cortês, amável, encantador e romântico, que consiga equilibrar suas maneiras áridas. Uma companhia capaz de aparar as arestas que eles vão deixando pelo caminho, pacificadora e firme no controle das situações difíceis que eles criam. Esse alguém tem que saber se opor com firmeza aos excessos que os filhos de Iansã cometem, não deve ser muito dócil , o que lhes pareceria fraco, nem intimidador.
A paixão é a mola que impulsiona os filhos de Iansã, vão exigir de seus parceiros uma reputação e comportamento impecáveis, são extremamente fiéis e consideram a fidelidade um assunto muito sério. Há filhos de Iansã que experimentam de tudo antes de se resolverem a manter um relacionamento verdadeiro, são raros, e mesmo esses quando saem desta fase, consideram-se limpos, pois não permitem que sua alma seja poluída. O ciúme dos filhos de Iansã é terrível, é preciso muita coragem para enfrenta-lo. Sendo magoado ou traído não costuma manifestar seus sentimentos,disfarçando suas emoções através de um comportamento frio e distante.Casado será dedicado ao lar e a família. Todos tem que gostar do que ele gosta, ir onde ele vai. Este comportamento é muito sufocante, seus filhos mais tarde reagirão a tantas imposições.
São muito severos e exigentes na educação dos seus filhos, impostando rígida disciplina na infância, dosando com amor esta rigidez, o que fará com que seu valor seja reconhecido mais tarde em fase adulta.
Poderão ter envolvimento com drogas na fase adulta, o que determinará o fim da relação, já que o seu temperamento explosivo fica incontrolável sob a ação do vício. Outro problema para manter a relação é a incompatibilidade sexual, pois se esse filho não encontrar em seu parceiro retribuição e constante satisfação dos seus desejos, tudo pode terminar.

Trabalho e Dinheiro
Tudo o que envolve criatividade e imaginação está indicado ao filho de Iansã. Sua capacidade de ganhar dinheiro é grande. Sabe lidar com finanças, pois embora goste de gastar dinheiro, sabe fazer crescer o que ganha com seu trabalho, seus investimentos produzem lucros e lhe garantem segurança. Atividade constante mantém o filho de Yansã saudável e tranqüilo , parado fica frustrado e deprimido ou impaciente e irritado. Para ele é essencial sentir-se produtivo.
Como patrão é exigente e motivador. Controla tudo detalhadamente e procura não deixar nada passar despercebido. È infatigável e exige de seus subordinados muita disposição para o trabalho. Não gosta de ser adulado mas quando o elogio é sincero se envaidece e fica secretamente feliz.
Como empregado é trabalhador, discreto e eficiente, leal a si próprio , seu objetivo é dar o que recebe pelo salário que lhe pagam, por isso se for bem pago produzirá muito, é competente com o que é de sua obrigação, não perde tempo desnecessáriamente , mas ficará em um determinado emprego enquanto lhe for conveniente.

Saúde
A saúde do filho de Yansa é boa, tem corpo forte e bem constituído , adoece por causa de trabalho pesado, depressão, melancolia ou por cometer excessos.
Seus pontos fracos são o útero e os ovários nas mulheres, a bexiga e a uretra nos homens. Sujeito a problemas no fígado que alteram sua disposição e os obrigam a se afastarem de determinados alimentos que gosta muito, mas seu poder de recuperação é surpreendente, é capaz de reverter um quadro de doença apenas usando sua força de vontade, a força de Yansã dá aos seus filhos o poder de curar o corpo através da mente.
Por causa de atividades físicas está sujeito a problemas nas pernas, tornozelos, costas, coluna e varizes. São vulneráveis a acidentes com fogo e explosivos e é na idade madura que ele corre o risco de descrer de si mesmo e de seus objetivos passados. É quando a depressão pode vitima-lo, a religião ou o redirecionamento do trabalho nesta fase poderá ajuda-lo servindo como antídoto para esses males.

O Homem de Iansã
Dotado de espírito extremamente forte é capaz de enfrentar tudo que o destino colocar em sua vida, dotado de olhos expressivos irradia uma personalidade determinada e de força positiva, amoroso, generoso, leal, capaz de emoções profundas mas, no entanto, é capaz de vingar cruelmente afrontas recebidas, tratar friamente quem mais ama, viver de forma egoísta e ter explosões violentas. Tem inata habilidade de lidar com o oculto, é místico e exotérico, está preparado espiritualmente a animar e controlar seus irmãos.

A Mulher de Iansã
Surpreendente pelos defeitos e qualidades que possui, ardente e leal, é uma mulher que nunca foi dominada, adora a liberdade e não admite perde-la, de temperamento forte precisa de suavidade em sua vida , só que as vezes confunde suavidade com fraqueza e sonhos com romantismo. É exigente e afetiva e transmite a seus filhos muita sabedoria. Quando estão infelizes tendem a dormir demais. Extremamente ciumenta e perspicaz, faz com que seja impossível dela se esconder qualquer coisa, descobre mentiras ou segredos como se adivinhasse, embora seja investigadora e curiosa descobre as coisas por intuição, um lampejo, uma idéia que lhe vem a mente e a ela basta ir lá e conferir.
Pode ser excelente médium , extremamente mística será atraída por religiões afins. A viuvez, as separações e as heranças estão presentes em sua vida como forma de liga-la a seu Orixá pois a morte e a regeneração são uma constante no destino de Yansa