quarta-feira, 6 de novembro de 2013

NO DIA 6 DE DEZEMBRO A TENDA ESPÍRITA   7 LUAS PRESTARA HOMEAGENS  AOS   ORIXÁS : IEMANJÁ/ IANSÃ.





Iemanjá na Umbanda


Iemanjá é um dos Orixás mais conhecidos e, ao mesmo tempo, o que possui o maiornúmero de informações desencontradas e, algumas vezes, até mesmo controversas, visto que a maior parte das informações sobre esta Orixá provém do Candomblé e muitos terreiros de Umbanda acabam fazendo uma miscelânea...
A Linha de Iemanjá, na Umbanda, também pode ser chamada de linha do Povo d’Água, também pertencendo a esta linha Oxum, Nanã, Marinheiros e, em algumas Casas, Iansã. Sua força também está presente em todas as Entidades que possuem o nome "Maria", como Maria Padilha, Maria Mulambo, Maria do Cais, Maria do Congo, etc.
Ao contrário do Candomblé que diz que há sete Iemanjás (sete qualidades), na Umbanda há apenas uma Orixá Iemanjá, à qual se chega por sete caminhos – não existe mais do que uma única Iemanjá, uma só, com sete caminhos. Estes caminhos, na verdade, são suas falangeiras.
Iemanjá é a representação do princípio feminino, da criação e da vida. Sendo assim, ela estimula a geração e a criatividade das pessoas, trazendo oportunidades de crescimento em todos os sentidos, pois estimula a geração de vidas, geração de ideias, geração de amor.
As entidades da vibração de Iemanjá, em sua enorme maioria, trazem o poder da cura, por serem exímios manipuladores da água, o elemento da vida, possuindo grande capacidade para curar, regenerar tecidos, recuperar a vitalidade de cada órgão das pessoas.
Entre as entidades mais conhecidas desta vibração estão Jurema da Praia, Iara, Ondina, Jandira, Jacira, Caboclo da Lua, Beira-Mar, Ubirajara, Exu do Mar, Exu Sete Ondas, Pomba Gira da Praia, entre outros.
Suas águas salgadas simbolizam as lágrimas de uma mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes.
Além de protetora da vida marinha, Iemanjá é principalmente a protetora da harmonia familiar, do lar, do casamento e do nascimento, é sua força que ampara o momento do nascimento de um bebê. Ela simboliza a maternidade, o amparo materno, pois é a Mãe da Vida.
É ela quem nos dá um sentido de união, de grupo, transformando a convivência num ato familiar, criando dependências e raízes, proporcionando sentimentos de irmão para irmão, de pai para filho, com ou sem laços consanguíneos.

ARQUÉTIPO 
As filhas (e filhos) de Iemanjá possuem como características básicas a força e a determinação, assim como o sentido da amizade e do companheirismo; são pessoas presas no arquétipo da mãe, a família e os filhos; são doces, carinhosas, tradicionais, pouco rígidas, sentimentalmente envolventes e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Não gostam de mudanças e apreciam a rotina do cotidiano, são muito protetoras, possuem o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. 
Seu caráter pode levar o filho deste Orixá a ter uma tendência a tentar consertar a vida dos que o cercam (o destino de todos estaria sob sua responsabilidade), seremcontroladores, voluntariosos, capazes de fazer chantagens emocionais e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Um filho de Iemanjá pode tornar-se controlador e rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

QUANDO OFERENDAR PARA IEMANJÁ
- Para proteger a família
- Para harmonia do lar, do casamento, da família, dos sócios
- Para gerar oportunidades, bons negócios, harmonia, amor
- Para iniciar algum projeto com proteção e êxito

Data festiva: 15 de agosto
Saudação: Odociaba! Odoyá!
Símbolo: lua minguante, ondas, peixes
Sincretismo religioso: Nossa Senhora da Glória
Cores: azul claro e branco
Pedras: água marinha, pérola e madrepérola
Ervas principais: Jasmim, Araticum-da-praia, Folha-da-costa, Musgo marinho encontrado nas pedras marinhas, Colônia, Pata de Vaca, Rosa branca, Malva branca
Características: maternal, protetora, competente, dedicada, mandona, possessiva, intrigante, controladora.
Oferendas: peixe, manjar do céu, mamão, uvas brancas, melão, água salgada ou potável, champagne clara, rosas e palmas brancas.

PRECE PARA IEMANJÁ
Mar, imenso e profundo aqui deixo todos os meus males
todas as más influências, todos os pontos negativos
Que possam perturbar a minha evolução.
Recebe em tuas profundezas tudo aquilo que me é maléfico
E devolve-me os fluídos eternos que hão de me tornar forte
Para que eu possa fortalecer todos aqueles que me rodeiam.
Enche-me o espírito de bênçãos para que eu possa abençoar toda a humanidade
Em nome do infinito poder.
Lava-me a matéria para que eu possa conservá-la
Digna do espírito que me anima.
Deixo na imensidade da tua força todos os males
E levarei comigo todo o poder
Da magia superior que representas.
Odociaba!



NO DIA 6 DE DEZEMBRO  A TENDA ESPÍRITA   7 LUAS PRESTARA HOMEAGENS  AOS   ORIXÁS : IEMANJÁ/ IANSÃ.








Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá. É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona,, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada a figura católica de Santa Bárbara, talvez por causa do raio, já que a santa é sempre invocada para proteger um fiel de uma tempestade. O mesmo acontece com Oyá, que deve ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque tem sido Iansã uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.

Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, ameaçando os outros, prometendo a guerra, sempre guerreira e, ao mesmo tempo, feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma que desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos nagôs (ou iorubas, outro nome para a mesma cultura) é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oyá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IANSÃ

Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo, portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de Ogum.
São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos não cerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em si mesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
O temperamento dos que à têm como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande disperdício de energia.
São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questões de mostrar, a todos, aspectos particulares de sua vida.
Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só detidamente. Ao longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. Eles têm uma tendência a desenvolver vida , pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição - não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para seu círculo mais íntimo.
Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.