quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

EM ABERTURA AO CALENDÁRIO 2015 DE FESTAS EM HOMENAGENS AOS ORIXAS, SANTOS E GUIAS A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS FARÁ SUA PRIMEIRA , EM HOMENAGENS AOS ORIXÁS OXALÁ E OXOSSI NO DIA 23/01/2015 




ORIXÁ OXALÁ







                                                                                         

Orígem e História
OXALÁ é o detentor do poder genitor masculino. Todas suas representações incluem o branco. E um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. Sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas. 

Na África, todos os Orixás relacionados a criação são designados pelo nome genérico de Orixá Fun Fun. O mais importante entre todos eles chama-se Orixalá(Òrìsanlà), ou seja, o grande Orixá, que nas terras de Igbó e Ifé é cultuado cmo Obatalá, rei do pano branco. Eram cerca de 154 Orixás Fun Fun, mas no Brasil a quantidade se reduz significativamete, sendo que dois, Orixá Olùfón, rei de Ifón (Oxalufã), Orixá Ógìyán, o comedor de inhame e rei de Egigbó(Oxaguiã), tornaram-se suas expressões mais conhecidas.

A designação de Orixá Fun Fun se deve ao fato de a cor branca configurar-se como a cor da criação, guardando a essência de todas as demais. O brando representa todas as possibilidades, a base de qualquer criação. O nome Orisanlá foi contraído e deu orígem a palavra Oxalá, e com esse nome o grande Deus-pai passoua ser conhecido no Brasil. Todos os Orixás Fun Fun foram reunidos em Oxalá e divididos em várias qualidades de suas duas configurações principais: Òsálufón, Osagiyan, sendo este último, jovem e grerreiro, filho do primeiro mais velho e paciencioso.

Todas as histórias que relatam a criação do mundo passam necessariamente por Oxalá, que foi o primeiro Orixá concebido por Olodumaré e encarregado de criar não só o universo, como todos os seres, todas as coisas que existiríam no mundo. 

A maior interdição de Oxalá é de fato o azeite-de-dendê, que jamais deve macular suas roupas, seus objetos sagrados, e muito menos o seu Alá. A ú nica coisa vermelha que Oxalá permite, é a pena de Ikodidè, prova de sua submissão ao poder genitor feminino. 

Epó kété ó, Alà telè ó
Epó kété ó, Alà telè ó...

Evite o dendê, evite pisar no Alá
Evite o dendê, evite pisar no Alá.
O Alá representa a própria criação, está intimamente relacionado a concepção de cada ser; é a síntese do poder criador masculino. Sua função primeira já remete ao seu significado profundo. A ação de cobrir não evoca somente proteção, zelo, denota a atividade masculina no ato sexual.
No Xirê Oxalá é homenageado por último porque é o grande símbolo da síntese de todas as orígens. Ele representa a totalidade, o único Orixá que, como Exú, reside em todos os seres humanos. Todos são seus filhos, todos são irmãos, já que a humanidade vive sob o meso teto, o grande Alá que nos cobre e protege, o céu.
 


 








         OXALÁ
 
Oxalá é o Orixá criador do mundo e da espécie humana, sincretizado com Jesus Cristo, pode-se dizer que representa a santíssima trindade cultuada pela Igreja Católica. No Candomblé apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguian, e velho – chamado Oxalufan. Na Umbanda Oxalá é cultuado sem desdobramentos, como Orixá Maior, absoluto, abaixo somente de Zambi, o Deus supremo e inatingível. A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, a de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. A saudação para louvar o Pai Oxalá é: "ÊPA BÀBÁ!" e/ou "OXALÁ BÀBÁ". Oxalá é cultuado na Umbanda, Quimbanda, Omolokô, Candomblé, dentre outras religiões de matriz africana, como o maior e mais respeitado de todos os Orixás.
Oxalá simboliza a paz, é calmo, sereno, pacificador; é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence o olho que tudo vê. Os filhos de Oxalá, ou seja, as pessoas que têm este Orixá como pai-de-cabeça, são calmas, responsáveis, reservadas e de muita confiança. Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Os filhos de Oxalá têm um forte espírito de liderança e tem fama de não gostarem de ser contrariados. São muito dedicados, caprichosos e prezam manter sempre tudo em ordem, com limpeza, beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados, afinal se dá o que se recebe.
Oxalá tem sincretismo com o Senhor do Bonfim na Bahia, ou seja, Jesus Cristo. Isso aconteceu, acredita-se, devido ao fato de os jesuítas terem imposto a fé cristã aos africanos trazidos como escravos ao Brasil, bem como as nações indígenas naturais de nosso país, houve então esta associação natural com a imagem do Santo Católico como forma de resistência a conversão forçada. Por este mesmo motivo existe a crença na qual as datas dos festejos dos Orixás, coincidem com as dos Santos católicos. As imagens dos Santos confundem-se hoje com as dos Orixás, não se sabendo onde começa um, e onde termina o outro. Porém, dentro do Terreiro, ao som dos atabaques, quem incorpora são os Orixás. Pode-se puxar um ponto usando-se, por exemplo, o nome de São Jorge, mas quem monta no "cavalo" é Ogum. As imagens católicas são cultuadas como Orixás, baseados em seus elementos, como: a Luz de Oxalá, a água salgada de Yemanjá, o ferro de Ogum, a água doce de Oxum, as matas de Oxóssi, a pedra de Xangô, as chuvas, ventos e tempestades de Yansã. Os Orixás também são cultuados nos assentamentos, local no qual é colocada uma parte da essência do médium e parte da essência do Orixá no momento do Amassí.
A vibração natural de Oxalá é a Fé, primeira razão do movimento do Universo, campo de atuação primeiro regendo a religiosidade dos seres. A vibratória cósmica originária de Oxalá é de natureza elemental cristalina, cuja presença se encontra em todas as outras vibrações cósmicas ancestrais. Segundo textos antigos o significado do nome Cristo significa cristal, ou cristalino; esta é a referência de todos os mestres da luz que encarnaram na matéria para guiar a humanidade. Suas ondas magnetizadoras despertam a ética e iluminação filosófica nos seres, ou seja a base das religiões, algumas dessas ondas chegam até os nossos olhos cruzadas, fator que tornou o símbolo da cruz como referência ao mestre Jesus Cristo.
Orações para Oxalá
 
 
Oxalá! Divina manifestação do Bem, 
Senhor da perfeita Sabedoria e do Bendito Amor, 
Ó ! Vós que recebei o poder do supremo Doador para tudo e todos.

Protegei-nos das ciladas ilusórias do mundo enganador, 
Despertai-nos para a realidade da vida imortal, 
Sois a imaculada irradiação do Altíssimo, 

Vosso nome é só maravilhoso e compassivo, que nos guia; com ternura e esperança, para a Aruanda, Cidade de Luz. 

Ai de nós empedernidos, na mais grosseira materialidade, 
Afogados em sentimentos inferiores, 
Rogamos contritos pela salvação da nossa consciência. 
Junto a Vós, trilharemos por caminhos iluminados, 
Porque sois a divina pureza, acolhedora e misericordiosa. 

Santo Nome, envolvei-nos em sentimentos fraternos de real amor, a fim de chegarmos até Vós, 
Oxalá ! Tende pena de nós, tende compaixão… 

Êpa, êpa, Babá Oxalá ...

     
EM ABERTURA AO CALENDÁRIO 2015 DE FESTAS EM HOMENAGENS AOS ORIXAS, SANTOS E GUIAS A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS FARÁ SUA PRIMEIRA , EM HOMENAGENS AOS ORIXÁS OXALÁ E OXOSSI NO DIA 23/01/2015 



20 de Janeiro - Dia de São Sebastião / Oxóssi

São Sebastião nasceu em Milão, na Itália, de acordo com Santo Ambrósio, por volta do século III, embora haja versões de que tenha nascido em Narbonne, na França. Pertencente a uma família cristã, foi batizado em criança. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do Imperador Diocleciano.
Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Fazia de tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele.
Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve, então, que comparecer ante o imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.
Diante do Imperador, Sebastião não negou a sua fé e foi condenado à morte, sem direito à apelação. Amarrado a um tronco, foi varado por flechas, na presença da guarda pretoriana. No entanto, uma viúva chamada Irene retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.
Assim que se recuperou, demonstrando muita coragem, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo com tamanha ousadia, Diocleciano ordenou que os guardas o açoitassem até a morte. O fato ocorreu no dia 20 de janeiro de 288.
São Sebastião é um santo muito popular e padroeiro do município do Rio de Janeiro, dando seu nome à cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Reza a lenda que, na batalha final que expulsou os franceses que ocupavam o Rio, São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os franceses calvinistas.
Além disso, o dia da batalha coincidiu com o dia do santo, celebrado em 20 de janeiro. São Sebastião é o protetor da humanidade contra a fome, a peste e a guerra.


Na Umbanda, São Sebastião corresponde a Oxóssi

Oxóssi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso na África é também cultuado como Ode, que significa caçador.

No Brasil, o orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos, recebendo o título de Rei das Matas. Seus símbolos são ligados à caça: no candomblé, tem um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru), que são pelos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios.

O filho de Oxóssi apresenta arquetipicamente as características atribuídas ao orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem o alterar. Oxóssi desconhece a agricultura, não muda o solo para plantar, apenas recolhendo o que pode ser imediatamente consumido: a caça.

No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para se embrenhar na mata a fim de caçar.

Geralmente Oxóssi é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e a paciência para aguardar o momento correto para agir. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, é marcado por um forte sentido de dever e de uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

NO DIA 19/12/2014 A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS ESTARA PRESTANDO SUA ÚLTIMA HOMENAGEM AOS ORIXÁS E GUIAS DO ANO DE 2014 SERÁ UMA HOMENAGEM AO POVO CIGANO PRA ENCERRAMENTO JÁ QUE A TENDA E DE ORIGEM CIGANA



O POVO CIGANO NA UMBANDA



O Povo Cigano na Umbanda:


Muito se ouve falar que a linha de Cigano faz parte da Linha de Exú, que os Ciganos são entidades ainda em evolução tentando ingressar na Linha de Exú, que Pombo Gira Cigana ou Ciganinha foram as únicas Entidades Ciganas que evoluíram e ingressaram na Linha de Exú.
            
            Essa falta de entendimento que é na realidade uma simples dedução faz com que muitos terreiros não deixem os médiuns trabalharem com essa linha. Chegam a dizer que são entidades sem luz.

Como é a Linha de Ciganos

Os Ciganos são Entidades "livres"; Não se faz "Firmezas" ou "Assentamentos" para Ciganos dentro da "Casa de Exú" ou em qualquer lugar do terreiro. 

Cigano trabalha em todos os "lugares", são livres e precisam dessa liberdade para sua evolução. 

Não estou dizendo que não possa ter elementos de Ciganos dentro do Terreiro, até porque muitos médiuns precisam de um ponto de fixação para poder entrar em sintonia com seus guias.

Os Ciganos não trabalham a serviço de um Orixá específico por isso não são guardiões de um terreiro. Essa linha trabalha em paralelo e conjugada com as demais linhas, onde o seu compromisso primeiro é com a caridade e não com nenhuma outra linha específica.

Os Ciganos são protetores e não guardiões. Podem trabalhar dentro da linha de Exú, porém sem função de chefia e de guarda. Já os Exús Ciganos e Pombo Giras Ciganas são Exús e Pombo Giras como outros quaisquer, exercendo todas as funções que qualquer Exú e Pombo Gira exercem. Em resumo: Cigano é uma coisa, Exú cigano é outra. Eles têm funções diferentes, embora a mesma origem cigana.

Os Ciganos se manifestam nos terreiros de Umbanda, justamente por “Ela” ser uma religião aberta e dar liberdade para qualquer linha de trabalho que venha fazer Caridade.

Por serem muito alegres, os médiuns começam se fascinar por essas entidades, e ter excesso de culto por essa Linha. Aí começaram as vaidades, as roupas enfeitadas, bebidas, fumos, danças, firmezas, assentamentos, jogos em casa ou até mesmo no terreiro, e assim, infelizmente, muitos espíritos que ainda estavam em "desenvolvimento" para ingressar nessa Linha se perderam junto com os médiuns, e hoje podemos ver os absurdos que são feitos usando o nome de entidades de luz.

Os Ciganos trabalham com os quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo.

O Elemento Terra:

Eles distinguem cada pedra e têm o conhecimento sobre elas, e assim manipulam o elemento terra. Cada pedra tem um porque de ser usada e uma necessidade. Quando é pedido para que passem a pedra em alguma parte do seu corpo ou para que a segurem, vocês estão se descarregando ou até mesmo se energizando, depende do trabalho que está sendo realizado. É na terra que se encontra firmeza para enfrentar a vida, resgatar karma e continuar o caminhar.

O Elemento Água

Podem utilizar copos ou taças com água. Através da água conseguem ver se não há maldade no que esta sendo pedido. Enxergam se há pureza no coração de cada um, pois a água serve de espelho, espelho esse que reflete o que tem dentro de cada um de vocês.
Conseguem ver com clareza o que foi feito por cada um e o porquê de estarem colhendo o que não querem colher.

Os Elementos Ar e Fogo

Podem utilizar o cigarro e com ele estar manipulando dois elementos, o ar e o fogo. O fogo muitas vezes é usado para queimar invejas, miasmas, larvas e cascões astrais.           A fumaça quando é direcionada ao consulente serve para envolvê-lo numa cortina para que naquele momento os obsessores sejam confundidos e tenham a visão obnubilada e fiquem desorientados, procurando o consulente. Assim torna-se mais fácil ao sistema de defesa da Casa (através dos guardiões) resgatá-los e afastá-los.

Nem sempre esses elementos são usados de uma só vez, e quero deixar bem claro que não precisamos diretamente dos mesmos, podemos plasmá-los perfeitamente usando o ectoplasma do médium. 

Para um Cigano poder trabalhar em prol da caridade não é necessário um baralho, uma taça de vinho, ou qualquer outro elemento. Isso é mito. Eles podem usar e usam elementos da natureza em alguns trabalhos, entretanto, quando estão incorporados nos médiuns, a energia de trabalho e o próprio corpo do médium limitam a visão e o campo de ação da entidade.

Como são e como trabalham

Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exús, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exús e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego às coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.            Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sarah Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual (PADROEIRA DO  POVO  CIGANO) e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.


         

Ciganos na Umbanda são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral têm seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, os ciganos trabalham para a cura de doenças espirituais.

Os ciganos, dentro da ritualística umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exú.

“É preciso que tudo na vida esteja bem equilibrado, e o equilíbrio tem um nome que se chama Umbanda. Umbanda é a paz interior, é fazer caridade ao desconhecido, é o amor pela vida e pelo o próximo. Umbanda é luz, vida e amor”.
 
 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

NO DIA 28/11/14 A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS ESTARÁ PRESTANDO SUAS HOMENAGENS AOS EXÚS, POMBO- GIRAS E MALANDROS EM UMA SESSÃO ABERTA AO PÚBLICO E TAMBÉM PARA FORTALECIMENTO DA TENDA E DA CORRENTE



Saravá Os Exús e Pombo Giras











     Exús são espíritos que já encarnaram na terra.  Na sua maioria, tiveram vida difícil como  mulheres da vida; boêmios; dançarinas de cabaré, etc.
     Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática da caridade,  incorporando nos terreiros de Umbanda. São muito amigos, quando tratados com respeito  e carinho, são desconfiados mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados. Estes espíritos, assim como os Pretos-velhos, crianças e caboclos, são servidores dos Orixás.
     Apesar das imagens de Exús, fazerem referência ao "Diabo" medieval (herança do Sincretismo religioso), eles não devem ser associados a prática do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções específicas e seguem as ordens de seus "patrões".  Dentre várias, duas das principais funções dos Exus são: a abertura dos caminhos e a proteção de terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a  gira ou obrigações.
     Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a "gira de Exús" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal, demanda e  etc. de seus consulentes. Mas também durante as outras giras (Caboclos, Pretos-velhos, Crianças e Orixás), protegendo o terreiro  e os médiuns, para que a caridade possa ser praticada.

EXÚ É MAU?

     Muitos acreditam que nossos amigos Exús são demônios, maus, ruins, perversos, que bebem sangue e se regozijam com as desgraças que podem provocar .
     Mas por que este Orixá, irmão de Ogum, animado, gozador, alegre, extrovertido, sincero e, sobretudo amigo é comparado com demônios das profundezas macabras dos Infernos? Bem, para conhecer esta história vamos viajar para 6.000 anos atrás, até a antiga Mesopotâmia.
     A Demonologia Mesopotâmica influenciou diversos povos: Hebreus, Gregos, Romanos, Cristãos e outros. Sobrevive até hoje nos rituais Satânicos que muitos já devem ter escutado e visto notícias
 na televisão e lido nos jornais, principalmente na Europa e EUA.
     Na Mesopotâmia os males da vida que não constituíssem catástrofes naturais eram atribuídos aos demônios (No mundo atual as pessoas continuam a fazer isso).
    Os Bruxos, para combater as forças do mal tinham que conhecer o nome dos demônios e perfaziam enormes listas, quase intermináveis. O demônio mau era conhecido genericamente como UTUKKU. O grupo de 7 (sete) demônios maus é com freqüência encontrado em encantamentos antigos. Se dividiam em machos e fêmeas. Tinham a forma de meio humano e meio animal: Cabeça e tronco de homem ou mulher,
cintura e pernas de cabra e garras nas mãos. Com sede de sangue, de preferência humano, mas aceitavam de outros animais. Os demônios frequentavam os túmulos, caminhos ( encruzilhadas), lugares ermos,  desertos, especialmente à noite.
    Nem todos eram maus, havia os demônios bons que eram evocados para combater os maus. Demônios benignos são representados como gênios guardiões, em número de 7 (sete), que guardam as porteiras, portas dos templos, cemitérios, encruzilhadas, casas e palácios.
     Os negros africanos em suas danças nas senzalas, nas quais os brancos achavam que eram a forma deles saudarem os santos, incorporavam alguns Exús, com seu brado e jeito maroto e extrovertido, assustavam os brancos que se afastavam ou agrediam os médiuns dizendo que eles estavam possuídos por demônios.
     Com o passar do tempo, os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios que os negros ofereciam a Exú, o que reafirmou sua hipótese de que essa forma de incorporação era devido a demônios. As cores de Exú, também reafirmaram os medos e fascinação que rondavam as pessoas mais sensíveis.


MAS ENTÃO QUEM É EXÚS? 
  
   Ele é o guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.
       Exú, termo originário do idioma Yorubá, da Nigéria, na África, divindade afro e que representa o vigor, a energia que gira em espiral. No Brasil, os Senhores conhecidos como Exús, por atuarem no mistério cuja energia prevalente é Exú, e tanto assim, em todo o resto do mundo são os verdadeiros Guardiões das pilastras da criação. Preservando e atuando dentro do mistério Exú.
      Verdadeiros cobradores do carma e responsáveis pelos espíritos humanos caídos representam e são o braço armado e a espada divina do Criador nas Trevas, combatendo o mal e responsáveis pela estabilidade astral na escuridão. Senhores do plano negativo atuam dentro de seus mistérios regendo seus domínios e os caminhos por onde percorre a humanidade.
     Em seus trabalhos Exú corta demandas, desfaz trabalhos e feitiços e magia negra, feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos e desobsessões retirando os espíritos obsessores e os trevosos, e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.
     Seu dia é a Segunda-feira, seu patrono é Santo Antônio, em cuja data comemorativa tem também sua comemoração. Sua bebida ritual é a cachaça, mas não é permitido o uso de cachaça para ser ingerida dentro do terreiro durante as sessões, para este fim, cada um tem a sua preferência.
     Sua roupa, quando lhe é permitido usá-la tem as cores preta e vermelha, podendo também ser preta e branca, ou conter outras cores, dependendo da irradiação a qual correspondem. Completa a vestimenta o uso de cartolas (ou chapéus diversos), capas, véus, e até mesmo bengalas e punhais em alguns casos.
     A roupagem fluídica dos Exús varia de acordo com o seu grau evolutivo, função, missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles usam o uniforme adequado. Seu aspecto tem sempre a  função de amedrontar e intimidar. Suas emanações vibratórias são pesadas, perturbadoras. Suas irradiações magnéticas causam sensações mórbidas e de pavor.
    É claro que em determinados lugares, eles se apresentarão de maneira diversa. Em centros espíritas, podem aparecer como "guardas". Em caravanas espirituais, como lanceiros. Já foi verificado que alguns se apresentam de maneira fina: com ternos, chapéus, etc.
     Eles têm grande capacidade de mudar a aparência, podem surgir como seres horrendos, animais grotescos, etc.
     Às vezes temido, às vezes amado, mas sempre alegre, honesto e combatente da maldade no mundo, assim é Exú.

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE OS EXÚS:

* Tem palavra e a honram;
* Buscam evoluir;
* Por sua função cármica de Guardião, sofrem com os constantes choques energéticos a que estão expostos;
* Afastam-se daqueles que atrasam a sua evolução;
* Estas Entidades mostram-se sempre justas, dificilmente demonstrando emotividade, dando-nos a impressão de serem mais "Duras" que as demais Entidades;
* São caridosas e trabalham nas suas consultas, mais com os assuntos Terra a Terra;
* Sempre estão nos lugares mais perigosos para a Alma Humana;
* Quando não estão em missão ou em trabalhos, demonstram o imenso Amor e Compaixão que sentem pelos encarnados e desencarnados;

     "Pela Misericórdia de DEUS, que me permitiu a convivência com essas Entidades desde a adolescência, através dos mais diferentes filhos de fé, de diferentes terreiros, aprendi a reconhecê-los e dar-lhes o justo valor. Durante todos estes anos, dos EXÚS e POMBO-GIRAS  recebi apenas o Bem, o Amor, a Alegria, a Proteção, o desbloqueio emocional, além de muitas e muitas verdadeiras aulas de aprendizado variado.
Esclareceram-me, afastando-me gradualmente da ILUSÃO DO PODER. Nunca me pediram nada em  troca.  Apenas exigiram meu próprio esforço. Mostraram-me os perigos e ensinaram-me a reconhecer a falsidade, a ignorância e as fraquezas humanas. Torno a repetir, jamais pediram algo para si próprios.   Só recebi e só vi neles o Bem."


EXÚS E KIUMBAS - O COMBATE

       Ao contrário do que se pensa, os exús não são os diabos e espíritos malignos ou imundos que algumas religiões pregam, tampouco são espíritos endurecidos ou obsessores  que um grande número de espíritas crêem.
      Os "diabos" ou demônios são seres mitológicos, já "desvendados" pela doutrina espírita, portanto, não existem.
     Espíritos trevosos ou obsessores são espíritos que se encontram desajustados perante a Lei. Provocam os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio.
      Aguardam, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente).
      São conhecidos, pelos umbandistas, como kiumbas. Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas.
      Este baixo astral é uma enorme "egrégora" formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, vãs paixões, ódios, rancores, raivas, vingança, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os kiumbas se comprazem nisso, já que se sentem mais fortalecidos.
      O baixo astral, mesmo sendo um imenso caos, tem diversas organizações, fortemente esquematizadas e hierarquizadas. Planos bem elaborados, mentes prodigiosas, táticas de guerrilhas, precisões cirúrgicas, exércitos bem aparelhados e treinados, compõe o quadro destas organizações.
      Muitas delas agem na plena certeza de cumprirem os desígnios da Lei Divina, onde confundem a Lei da Ação e Reação com o "olho por olho, dente por dente".Vingam-se pensando que fazem a coisa certa.      Algumas agem no mal, mesmo sabendo que estão contra a Lei, mas enquanto a vingança não se consumar, não haverá trégua para os seus "inimigos". Acham que não plantam o mal, nem que a reação se voltará mais cedo ou mais tarde.
      Cada mal praticado por um espírito, o leva a cada vez mais para "baixo". As quedas são freqüentes e provocam mais e mais revoltas.
     Alguns espíritos caem tanto que perdem a consciência humana, transformando-se (ou plasmando) os seus corpos astrais (perispíritos) em verdadeiras feras, animais, besta e assim são usados por outro espíritos como tais. Alguns se transformam em lobos, cães, cobras, lagartos, aves, etc.
     Outros espíritos chegam ao cúmulo da queda que perdem as características humanas, transformando os seus perispíritos em ovóides. Esta queda provoca além da perda de energias, a perda da consciência ficando, com isso subjugados por outros espíritos.
     Apesar de todo este quadro, pouco esperançoso, das trevas. Mesmo sabendo que no nosso orbe o mal prevalece sobre o bem, há também o lado da Luz, da Lei, do Bem. E este lado é ainda mais organizado que as organizações das trevas.
     Existem, também, diversas organizações, com variados trabalhos e ações, mas com um único objetivo de resgatar das trevas e do mal, os espíritos "caídos".
     Vemos colônias espirituais, hospitais no astral, postos avançados da Luz nos Umbrais, caravanas de tarefeiros, correntes de cura, socorristas, etc., afeitos e afinizados aos trabalhos dos centros espíritas. Vemos também, outros trabalhadores espirituais, ligados aos cultos afros.
     Especificamente, na Umbanda, vemos através das Sete Linhas, vários Orixás hierarquizados. Existem vários níveis na hierarquia dos Orixás. Começando pelos mais altos espíritos, que estão próximos do Criador, até os Orixás Menores ou Planetários (aqueles que são ligados e responsáveis por cada orbe, pela sua evolução).
     Abaixo destes Orixás, estão os chefes de legiões e suas hierarquias, Estes espíritos "chefes" usam as três roupagens básicas: Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças.
     Outras entidades tais como: baianos, boiadeiros, marinheiros, etc., são espíritos que compõe as sub-linhas afeitas e subordinadas às sete linhas e aos chefes de legiões.
     Alguns caboclos, crianças ou pretos-velhos, às vezes, usam algumas destas roupagens para determinados trabalhos ou missões.
     Como em nosso Universo (Astral) as manifestações se dividem em duas e manifestam-se como pares: positivo-negativo, ativo-passivo, masculino-feminino, etc.
     A Umbanda, que é paralela ativa, tem como par passivo a Kimbanda (não confundir com a kiumbanda, que é a manifestação das trevas).
     A Kimbanda, que é a força paralela passiva da Umbanda, força equilibradora da Umbanda. A Kimbanda - São os Sete Planos Opostos da Lei, é o conjunto oposto da Lei. Quando falamos em "oposto" à Lei, não queremos dizer aquilo que está em desacordo à Lei, mas a maneira oposta de como a Lei é aplicada. Na Kimbanda que os Exus se manifestam, a Kimbanda, portanto é o "reino" dos Exús.
     Os Exús são os "mensageiros" dos Orixás aqui na Terra. Através deles, os Orixás podem se manifestar nas trevas. Então, para cada chefe de falange, sub-chefe, etc..., na Umbanda, temos uma entidade correspondente (ou par) na Kimbanda.
     Os exús são considerados como "policiais" que agem pela Lei, no submundo do "crime" organizado. As "equipes" de Exús sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela. Passam a maior parte do tempo nela, mas, não fazem parte dela. Devido a esta característica, os Exús, são confundidos com os kiumbas. Videntes os vêem nestes lugares e erroneamente dizem que eles são de lá.

MÉTODO E ATUAÇÃO DOS EXÚS.

     A maneira dos Exús atuarem, às vezes nos choca, pois achamos que eles devem ser caridosos, benevolentes, etc. Mas, como podemos tratar mentes transviadas no mal? Os exús usam as ferramentas que sabem usar: a força, o medo, as magias, as capturas, etc. Os métodos podem parecer, para nós, um pouco sem "amor", mas eles sabem como agir quando necessitam que a Lei chegue à trevas.
     Eles ajudam aqueles que querem retornar à Luz, mas não auxiliam aqueles que querem "cair" nas trevas. Quando a Lei deve ser executada, Eles a executam da melhor maneira possível doa a quem doer.
     Os exus, como executores da Lei e do Karma, esgotam os vícios humanos, de maneira intensiva. Às vezes, um veneno é combatido com o próprio veneno, como se fosse a picada de uma cobra venenosa Assim, muitos vícios e desvios, são combatidos com eles mesmos. Um exemplo, para ilustrar:
     Uma pessoa quando está desequilibrada no campo da fé, precisa de um tratamento de choque.  Normalmente ela, após muitas quedas, recorre a uma religião e torna-se fanática, ou seja, ela esgota  o seu desequilíbrio, com outro desequilíbrio: a falta de fé com o fanatismo. Parece um paradoxo? Sim, parece, mas é extremamente necessário.
     Outro exemplo é o vicio as drogas, onde é preciso de algo maior para esgotar este vicio: ou a prisão, a morte, uma doença, etc.
     A Lei é sempre justa, às vezes somente um tratamento de choque remove um espírito do mau caminho. E são os exús que aplicam o antídoto para os diversos venenos.
     Os Exus estão ligados de maneira intensiva com os assuntos terra-a-terra (dinheiro, disputas, sexo, etc.). Quando a Lei permite, Eles atendem aos diversos pedidos materiais dos encarnados.
     Os Exús tem sob o domínio todas as energias livres, contidas em: sangue, cadáveres, esperma, etc.
     Por isso, seus campos de atuação são: cemitérios, matadouros, prostíbulos, boates, necrotérios, etc. Eles lá estão, porque frenam (bloqueiam) as investidas dos Kiumbas e espíritos endurecidos que se comprazem nos vícios e na matéria.
     Os kiumbas, seres astutos, conseguem se manifestar como um Exu, num terreiro muito preso às magias negras e assuntos que nada trazem elevação espiritual. Ao se manifestarem,  pedem inúmeras oferendas, trabalhos, despachos, em troca destes favores fúteis. Normalmente eles pedem muito sangue, bebidas alcoólicas e fumo.
    Chegam a enganar tanto (ou fascinar) que fazem as mulheres que procuram estes "terreiros", pagarem as suas "contas" fazendo sexo com o médium "deles". Ou seja, eles vampirizam o casal, quando o ato sexual se efetua.
     Mas, e os verdadeiros exús deixam?
     É uma pergunta que comumente fazemos, quando estes disparates ocorrem.
     Os exus permitem isso, para darem lição nestes falsos chefes de terreiros ou médiuns. Como foi dito, os métodos dos exus, para fazer com que a Lei se cumpra, são variados.
     Muitas vezes, também, a obsessão é tão grande e profunda que os exus, não podem separar de uma só vez obsedado e obsessor, pois isso causaria a ambos um prejuízo enorme.
     Outras vezes, os exus, deixam que isso aconteça, para criar "armadilhas" contra os kiumbas, que uma vez instalados nos terreiros, são facilmente capturados e assim, após um interrogatório, podem revelar segredos de suas organizações, que logo em seguida, são desmanteladas. Alguns terreiros, depois disso, são também desmantelados pelas ações dos exus, causando doenças que afastam os médiuns, as pessoas, etc.
     Existem algumas coisas com as quais um guia da direita (caboclo, preto-velho e criança) não lida, mas quando se pede a um Exu, ele vai até essa sujeira, entra a tira a pessoa do apuro.
     Se tiver alguém para te assaltar ou te matar, os Exus te ajudam a se livrar de tais problemas, desviando o bandido do seu caminho, da mesma forma a Pombo-Gira, não rouba homem ou traz mulher para  ninguém, são espíritos que conhecem o coração e os sentimentos dos seres humanos e podem ajudar a resolver problemas conjugais e sentimentais.
     Para finalizar, se você vier pedir a um Exú de Lei (de verdade) para prejudicar alguém, pode estar certo que você será o primeiro a levar a execução da Justiça.
     Mas, se você não estiver em um centro sério, e a entidade travestida ou disfarçada de Exú aceitar o seu pedido... Bom, quando esta vida terminar, e você for para o outro lado... Você será apenas cobrado!

DEVEMOS OFERENDAR AOS EXÚS?

     Os exús, como já foi dito, atuam intensamente no submundo astral. Grandes batalhas são travadas entre o bem e o mal. Muita energia é despendida nestas investidas
e os exús, por atuarem assim, acabam gastando enormemente as suas reservas energéticas.
     Depois de vários "dias" trabalhando, eles se recolhem em seus "quartéis" e repõem parte destas energias e aproveitam e estudam, discutem novas táticas, etc.
     Quando fazemos alguma oferenda para os Exús, eles "capturam" as energias dos elementos oferendados, ou a parte etérica e "recarregam as suas baterias".
     Mas, se o exú é um espírito, porque ele precisa de oferendas materiais ?
     Como eles estão ligados ao terra-a-terra e ao sub-mundo astral que é muito denso, os exus precisam retirar dos elementos materiais a energia que gastaram em seus trabalho.
     Quais elementos podemos oferendar ?
     Devemos tomar muito cuidado com o que oferendamos, pois, os elementos mais densos (sangue, carne, cadáveres, ossos), são atratores de espíritos endurecidos, que sentem necessidade de elementos materiais. Portanto, é melhor manipular elementos sutis nas oferendas (frutas, incensos, ervas, etc.)
     Posso então oferecer um animal sacrificado para um exú?
     Pensemos bem, um animal inocente, tem que pagar, com a vida para que possamos reabilitar a nossa ligação com um exú?
     Creio que não devemos destruir uma vida por isso. Para harmonizar algo devemos desarmonizar outro?  Não há muita lógica nisso.
     O sangue, por ter um alto teor energético, com certeza restauraria rapidamente as "baterias" de um exu.
     Mas, além deste aspecto pouco prático que é o sacrifício de um pobre animal, devemos considerar mais duas coisas:

1. Os inimigos da Umbanda, sempre se apegam a este tipo de oferenda para dizer que é uma religião demoníaca. Quando uma pessoa passa em frente a um despacho numa encuzilhada, aquela cena causa-lhe desagradáveis sensações e os seus pensamentos negativos vão se juntar à egrégora negativa já criada com um despacho.
2. Oferendas com sangue ou carne, atraem muitos kiumbas, às vezes, impedindo que o próprio exú se aproxime, portanto, estaremos alimentando os vícios destes espíritos.

     Resumindo, é melhor não utilizar e manipular este tipo de elemento em oferendas, ebós, sacudimentos, etc., pois os resultados podem ser negativos e prejudiciais.
     Além disso, a verdadeira oferenda tem a principal função de reenergizar ou sublimar o próprio médium. Então, o melhor é oferendar elementos não densos, tais como frutas, ervas, velas, incensos, etc.
     Lembremos ainda que a UMBANDA não aceita o sacrifício de animais.


AS POMBO-GIRAS

     O termo Pombo-Gira é corruptela do termo "Bombogira" que significa em Nagô, Exú.
     A origem do termo Pombo-Gira, também é encontrada na história.
     No passado, ocorreu uma luta entre a ordem dórica e a ordem iônica. A primeira guardava a tradição e seus puros conhecimentos. Já a iônica tinha-os totalmente deturpados. O símbolo desta ordem era uma pomba-vermelha, a pomba de Yona. Como estes contribuíram para a deturpação da tradição e foi uma ordem formada em sua maioria por mulheres, daí a associação.
     Se Exú já é mal interpretado, confundindo-o com o Diabo, quem dirá a Pombo-Gira? Dizem que Pombo-Gira é uma mulher da rua, uma prostituta. Que Pombo-Gira é mulher de Sete Exú .As distorções e preconceitos são características dos seres humanos, quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os.
     Pombo-Gira é um Exu Feminino, na verdade, dos Sete Exús Chefes de Legião, apenas um Exú é feminino, ou seja, ocorreu uma inversão destes conceitos, dizendo que a Pombo-gira é mulher de Sete Exús e, por isso, prostituta.
     É claro que em alguns casos, podem ocorrer que uma delas, em alguma encarnação tivesse sido uma prostituta, mas, isso não significa que as pombo-giras tenham sido todas prostitutas e que assim agem.
     A função das pombo-giras, está relacionada à sensualidade. Elas frenam os desvios sexuais dos seres humanos, direcionam as energias sexuais para a construção e evitam as destruições.
     A sensualidade desenfreada é um dos "sete pecados capitais" que destroem o homem: a volúpia. Este vicio é alimentado tanto pelos encarnados, quanto pelos desencarnados, criando um ciclo ininterrupto, caso as pombo-giras não atuassem neste campo emocional.
       As pombo-giras são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São, como qualquer exú, executoras da Lei e do Karma.
     Cabe a elas esgotar os vícios ligados ao sexo. Quando um espírito é extremamente viciado ao sexo, elas, às vezes, dão a ele "overdoses" de sexo, para esgotá-lo de uma vez por todas.
     Elas, ao se manifestarem, carregam em si, grande energia sensual, não significa que elas sejam desequilibradas, mas sim que elas recorrem a este expediente para "descarregar" o ambiente deste tipo de energia negativa.
     São espíritos alegres e gostam de conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções.
     Devemos conhecer cada vez mais o trabalho dos guardiões, pois eles estão do lado da Lei e não contra ela. Vamos encará-los de maneira racional e não como bichos-papões.
     Eles estão sempre dispostos ao esclarecimento. Através de uma conversa franca, honesta e respeitosa, podemos aprender muito com eles.

Agora, eu te pergunto:  o que você sente ao ser incorporado pelo teu Exú?

       Pense e depois me diga, se o que você sente não é uma poderosa força neutra que te retesa o corpo e as mãos.  Você não sente ódio, rancor, maldade, perversidade, desejo de vingança, enfim, nada da caracterização de um ser monstruoso que alguns pensam ser nossos irmãos Exus.  Não se esqueça que Exú muitas vezes é chamado de "Compadre", ou seja, aquele em quem você confia tanto, a ponto de dar seu filho para batizar.
     Observe que, comportamentos negativos como a agressividade e sensualidade exageradas demonstradas em determinadas incorporações podem ser derivadas do próprio médium. Se forem, o médium deve buscar conhecer e resolver o próprio problema.

EXÚS SÃO DEMÔNIOS?

     Pelo contrário... Os Exús, são os Senhores Agentes da Justiça Kármica, são quem guardam a cada um de nós e ao terreiro como um todo (Quem você acha quem são os vigilantes tão mencionados nos livros de Chico Xavier/ André Luiz?).
     Estão acima dos princípios do bem e do mal. Tem-se que entender que "demônio" vem do grego "demo". Termo utilizado por Sócrates para definir "espírito" e "alma". Por sua vez, em função dos valores "do bem e do mal", pelo fato de vivermos no mundo da forma, precisou-se estereotipar este "mal". Na realidade, "os demônios" estão dentro de cada um.
     Com relação aos espetáculos, que certas religiões mostram na televisão, com incorporação de "Exus" que dizem querer destruir a vida dos encarnados; podem até ocorrer manifestações mediúnicas, mas com certeza não são os Verdadeiros Exus da Umbanda que conhecemos. E sim os obsessores, vampirizadores e Kiumbas que usando o nome dos Exus, que os combatem, tentam marginalizá-los e difamá-los junto ao povo, que em geral não tem acesso a uma informação completa sobre a natureza dos nossos irmãos Exús.
     Outro fato muitíssimo importante, que ocorre em centros não sérios, é a manifestação de uma kiumba passando-se por uma Pombo-gira. Deve-se tomar muito cuidado, pois certamente ela estará apenas vampirizando as emanações sensuais do médium, podendo prejudicá-lo seriamente.
     Vale lembrar que às vezes, um consulente pode ficar fascinado ou encantado com uma Pombo-gira. O que fazer então?
     "Orai e vigiai" é o lema de todo médium. Devemos estar atentos não com os vícios alheios, mas com os nossos. Devemos direcionar as energias desequilibrantes e  transformá-las em energias salutares,  em ações benéficas.
     Resumindo, EXÚ NÃO É O DIABO!!!

Basicamente existem três correntes de pensamento, que tentam explicar o nascedouro do vocábulo "Exú".

1. A primeira corrente afirma que a palavra Exú seria uma corruptela ou distorção dos nomes Esseiá/Essuiá, significando lado oposto ou outro lado da margem, nomenclatura dada a espíritos desgarrados que foram arrebanhados para a Lemúria, continente que teria existido no planeta Terra.
2. A Segunda corrente assevera que o nome Exú seria uma variante do termo Yrshu, nome do filho mais moço do imperador Ugra, na Índia antiga. Yrshu, aspirando ao poder, rebelou-se contra os ensinamentos e preceitos preconizados pelos Magos Brancos do império. Foi totalmente dominado e banido com seus seguidores do território indiano. Daí adveio a relação Yrshu / Exú, como sinônimo de povo banido, expatriado. Saliente-se que entre os hebreus encontramos o termo Exud, originário do sânscrito,
significando também povo banido.
3. A terceira corrente afirma que o nome Exú é de origem africana e quer dizer Esfera.

     Ainda hoje, apesar dos esforços direcionados a um maior estudo no meio umbandista, os Exús são tidos, pelos que não conhecem suas origens e atribuições, como a personificação individualizada do mal, o diabo incorporado. Tal imagem é fruto de más interpretações dadas por pessoas que, não tendo a devida cautela em avaliar fatos e objetos de culto, passaram a conferir aos Exús o título de mensageiros das trevas.
     Esta imagem pejorativa de Exú-Orixá foi erroneamente absorvida e difundida por alguns umbandistas, sobretudo aqueles que tiveram passagem por cultos africanistas, o que fez com que uma gama de espíritos de certa evolução que vieram à Umbanda desempenhar funções mais terra-a-terra, fossem equiparados a falangeiros do mal, sendo até hoje os Exus simbolizados por figuras grotescas,  com chifres, rabos, pés de bode, tridentes, sendo tal imagem do mal pertinente a outros segmentos religiosos.
       Em realidade os Exus constituem-se em uma notável falange de abnegados espíritos combatentes de nossa Umbanda. São hierarquicamente organizados e realizam tarefas atinentes à sua faixa vibratória. São os elementos de execução e auxiliares dos Orixás, Guias e Protetores, tendo, entre outras tarefas, a de serem as sentinelas das casas de Umbanda, de policiarem o baixo astral e anularem trabalhos de baixa magia. Ao contrário do que pensam alguns, têm noção exata de Bem e Mal. São justos, ajudando a cada um segundo ordens superiores e merecimento daquele que pede auxílio.
     São os Exús que freiam as ações malévolas dos obsessores que atormentam os humanos no dia-a-dia. São os vigilantes ostensivos, a tropa de choque que está alerta contra os Kiumbas,  prendendo-os  e encaminhando-os à Colônias de Regeneração ou Prisões Astrais.
     Em algumas ocasiões baixam em templos de Umbanda, ou mesmo em templos de outras religiões, espíritos que tumultuam o ambiente, promovendo espetáculos circenses, galhofas, e se comportando de maneira deselegante para com os presentes, xingando-os e proferindo palavras de baixo calão. Comportamento como estes não devem ser imputados aos Exus, e sim aos Kiumbas, espíritos moralmente atrofiados e que ainda não compreenderam a imutável Lei de Evolução, apegados que estão aos vícios, desejos e sentimentos humanos.
    Os Kiumbas, para penetrarem nos terreiros, fingem ser Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças etc., cabendo ao Guia-chefe da Casa estar sempre vigilante ante a determinadas condutas, como palavrões, exibições bizarras, ameaças etc.
     Um outro aspecto importante que merece ser suscitado diz respeito a alguns "médiuns" infiltrados no movimento umbandista. Despidos das qualidades nobres que o ser humano necessita buscar para seu progresso espiritual, contaminam e desarmonizam os locais de trabalhos espirituais. Tentam impressionar os menos esclarecidos com gracejos, malabarismos, convites imorais, encharcados de aguardente.
     "Desincorporados", atribuem aos Exús e Pombo-giras tais comportamentos.
     Fatos como estes são afetos a pessoas sem escrúpulos, moral ou ética, pessoas perniciosas que aproveitam a imagem distorcida de Exu para exteriorizarem o seu verdadeiro "eu". Estes "médiuns", não raras vezes, acabando caindo no ridículo, ficam desacreditados, dando margem, segundo a Lei de Afinidades, a aproximação e posterior tormento por parte dos obsessores.
     Os Exus são espíritos que, como nós, buscam a evolução, a elevação, empenhando-se o mais que podem para aplicarem as diretrizes traçadas pelo Mestre Jesus. É bem verdade que em seu estágio inicial os Exus ainda têm um comportamento às vezes instável, cabendo aos verdadeiros umbandistas o dever de não deixar que se desvirtuem de seu avanço espiritual.
     Alguns maus-Umbandistas, que se não agem por má-fé, o fazem por falta de vontade de estudar a respeito, difundem esta visão negativa de Exú, fazendo com que os iniciantes no culto fiquem  temerosos quando um Exu se manifesta.
     Estes elementos prestam um desserviço à religião, promovendo o terror, a obscuridade, o conflito, a confusão. Diminuem os Exús à condição de espíritos interesseiros, astutos e cruéis, que são maus para uns e bons para outros, dependendo dos agrados ou presentes que recebam; de moral duvidosa, fumando os melhores charutos e bebendo os melhores uísques.
     A que ponto pode chegar a ignorância humana em visualizar estes seres espirituais como meros negociantes ilícitos, fazendo dos terreiros balcão de negócios, em total dissonância com o bom senso e a Lei Suprema.
     "Lamentável!!! Profundamente lamentável!!!"
      Esta é uma das expressões que mais passam pela mente dos verdadeiros e estudiosos umbandistas ao percorrerem alguns terreiros e verificar quão distorcido é o conceito sobre a figura dos Exús. Espíritos mal compreendidos, mas que, apesar disto, continuam a contribuir eficazmente para os trabalhos de Umbanda, como humildes trabalhadores espirituais, que não medem esforços para minorar o sofrimento humano.

CARACTERÍSTICAS:

Cor:
Preto e Vermelho.

Fio de Contas:
Preto e Vermelho.

Ervas:

Pimenta, capim tiririca, urtiga. Arruda, salsa, hortelã.

Símbolo:
Bastão - agô, Tridente.

Pontos da Natureza:
Encruzilhadas e passagens.

Flores:
Cravos Vermelhos.

Pedras:
Granada, Rubi, Turmalina Negra, Onix.

Metal:
Ferro.

Saúde:
Dores de cabeça relacionadas a problemas de fígado.

Planeta:
Mercúrio.

Dia da Semana:
Segunda-feira.

Elemento:
Fogo.

Chakra:
Básico, Sacro.

Saudação:
Laroiê Exú, Exú ê, Exú Amojibá.

Bebida:
Cachaça.

Animais:
Gato, Galinha Preta.

Comidas:
Padê.

Data Comemorativa:
13 de Junho.

Sincretismo:
Santo Antônio.

Incompatibilidades.
Leite, Comidas Brancas e Sal.

ATRIBUIÇÕES:

     Vigia as passagens, abre e fecha os caminhos.Por isso ajuda a resolver problemas da vida fora de casa e a encontrar caminhos para progredir, além de proteger contra perigos e inimigos.

    Saravá Exú, Saravá as Pombos Giras.

    Não poderia deixar de homenagear meus compadres trabalhadores que a cada dia de nossa Gira, fecha nossa tronqueira nos dando assim a segurança para cada trabalho.

Salve Senhor Tranca Ruas, Senhor João Caveira, Senhor Mulambo, Senhor 7 Catacumbas, Senhor 7 Tronqueiras, Senhor 7 Covas.

Também as Pombo Giras Maria Padilha, Maria Mulambo e Pombo Gira Cigana.

    Agradeço também Senhor Zé Pilintra, Senhor Malandro Navalha e todos os Malandros e Malandras que chegam em nossas Giras, pois mesmo sendo da linha dos Baianos sempre nos dão a honra de sua presença junto aos Exús.

Laroiê Exú, Exú ê, Exú Amojibá.

Emôcibáu as Pombo Giras, Pombo Gira Amojibá.

Saravá Os Malandros e Malandras, Saravá Seu Zé Pilintra.

Carlos de Ogum.