sábado, 28 de setembro de 2013

NO DIA 11 DE OUTUBRO A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS ESTARÁ PRESTANDO HOMENAGENS AO ORIXÁ MAMÃE OXUM.

ORIXÁ OXUM




 

                 A DEUSA OXUM

A Historia sobre Oxum


Oxum 

Nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em Ijexá. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semiparada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras, imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza. As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade, sendo comum ser invocada com a expressão "Mamãe Oxum". Gosta de usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô a salva.
Seduz Obaluaiê, que fica perdidamente apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô. Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de xangô e rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
À Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem. A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher tem dificuldade para engravidar, é à Oxum que se pede ajuda. Oxum é essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez e o parto. Desempenha importante função nos ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da maternidade, ama as crianças, protege a vida e tem funções de cura.
Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de  gerar filhos.
Fecundidade e fertilidade são por extensão, abundância e fartura e num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento. Oxum é o orixá da riqueza - dona do ouro, fruto das entranhas da terra. É alegre, risonha, cheia de dengos, inteligente, mulher-menina que brinca de boneca, e mulher-sábia, generosa e compassiva, nunca se enfurecendo. Elegante, cheia de jóias, é a rainha que nada recusa, tudo dá. Tem o título de iyalodê entre os povos iorubá: aquela que comanda as mulheres na cidade, arbitra litígios e é responsável pela boa ordem na feira.
Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação até o momento do parto, onde Iemanjá ampara a cabeça da criança e a entrega aos seus Pais e Mães de cabeça. Oxum continua ainda zelando pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
É o orixá do amor, Oxum é doçura sedutora. Todos querem obter seus favores, provar do seu mel, seu encanto e para tanto lhe agradam oferecendo perfumes e belos artefatos, tudo para satisfazer sua vaidade. Na mitologia dos orixás ela se apresenta com características específicas, que a tornam bastante popular nos cultos de origem negra e também nas manifestações artísticas sobre essa religiosidade. O orixá da beleza usa toda sua astúcia e charme extraordinário para conquistar os prazeres da vida e realizar proezas diversas. Amante da fortuna, do esplendor e do poder, Oxum não mede esforços para alcançar seus objetivos, ainda que através de atos extremos contra quem está em seu caminho. Ela lança mão de seu dom sedutor para satisfazer a ambição de ser a mais rica e a mais reverenciada. Seu maior desejo, no entanto é ser amada, o que a faz correr grandes riscos, assumindo tarefas difíceis pelo bem da coletividade. Em suas aventuras, este orixá é tanto uma brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
O Orixá amante ataca as concorrentes, para que não roubem sua cena, pois ela deve ser a única capaz de centralizar as atenções. Na arte da sedução não pode haver ninguém superior a Oxum. No entanto ela se entrega por completo quando perdidamente apaixonada afinal o romantismo é outra marca sua. Da África tribal à sociedade urbana brasileira, a musa que dança nos terreiros de espelho em punho para refletir sua beleza estonteante é tão amada quanto à divina mãe que concede a valiosa fertilidade e se doa por seus filhos. Por todos seus atributos a belíssima Oxum não poderia ser menos admirada e amada, não por acaso a cor dela é o reluzente amarelo ouro, pois como cantou Caetano Veloso, “gente é pra brilhar”, mas Oxum é o próprio brilho em orixá. 
A face de Oxum é esperada ansiosamente por sua mãe, que para engravidar leva ebó (oferenda) ao rio. E tal desespero não é o de Iemanjá ao ver sua filhinha sangrar logo após nascer. Para curá-la a mãe mobiliza Ogum, que recorre ao curandeiro Ossãe, afinal a primeira e tão querida filha de Iemanjá não podia morrer. Filha mimada, Oxum é guardada por Orumilá, que a cria.
Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos.  Apesar de não ter a idade de Oxalá (sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.
Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo em que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão místico Iorubano.
Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás Iorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Tudo que sai da boca dos filhos da Oxum deve ser levado em conta, pois eles têm o poder da palavra, ensinando feitiços ou revelando presságios.
Desempenha importante papel no jogo de búzios, pois à ela quem formula as perguntas que Exú responde.
No Candomblé, quando Oxum dança traz na mão uma espada e um espelho, revelando-se em sua condição de guerreira da sedução. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias e pulseiras, tudo isso num movimento lânguido e provocante.

Características
Cor
Azul (Em algumas casas: Amarelo)
Fio de Contas
Cristal azul. (Em algumas casas: Amarelo)
Ervas
Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê, Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula,Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e Jasmim (Estas últimas três não servem para banhos) (Em algumas casas: Erva Cidreira, Gengibre, Camomila, Arnica, Trevo Azedo ou grande, Chuva de Ouro, Manjericona, Erva Sta. Maria).
Símbolo
Coração ou cachoeira
Pontos da Natureza
Cachoeira e rios (calmos)
Flores
Lírio, rosa amarela.
Essências
Lírio, rosa.
Pedras
Topázio (amarelo e azul).
Metal
Ouro
Saúde
Órgãos reprodutores (femininos), coração.
Planeta
Vênus (Lua)
Dia da Semana
Sábado
Elemento
Água
Chakra
Umbilical (Frontal)
Saudação
Ai-ie-iô (ou Ora Ieiêô)
Bebida
Champanhe
Animais
Pomba Rola.
Comidas
Omolocum. Ipeté. Quindim (Em algumas casas: banana frita, moqueca de peixe e pirão feito com a cabeça do peixe)
Numero
5
Data Comemorativa
8 de dezembro
Sincretismo:
Nossa Senhora Da Conceição, Nossa Senhora Da Aparecida, Nossa Senhora Da Fátima, Nossa Senhora Da Lourdes, Nossa Senhora Das Cabeças, Nossa Senhora De Nazaré.
Incompatibilidades:
abacaxi, barata
Qualidades:
Apará, Ijimum, Iápondá, Ifé, Abalu, Jumu, Oxogbo, Ajagura, Yeye Oga, Yeye Petu, Yeye Kare,  Yeye Oke, Yeye Oloko, Yeye Merin, Yeye Àyálá, Yeye Lokun, Yeye Odo

 Atribuições
Ela estimula a união matrimonial, e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. Atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
As Características Dos Filhos De Oxum
Os filhos de Oxum amam espelhos, jóias caras, ouro, são impecáveis no trajar e não se exibem publicamente sem primeiro cuidar da vestimenta, do cabelo e, as mulheres, da pintura.
As pessoas de Oxum são vaidosas, elegantes, sensuais, adoram perfumes, jóias caras, roupas bonitas, tudo que se relaciona com a beleza.
Talvez ninguém tenha sido tão  feliz para definir a filha de  Oxum como o pesquisador da     religião    africana, o  francês  Pierre Verger, que escreveu: "o arquétipo  de  Oxum é  das mulheres graciosas  e  elegantes,  com paixão pelas  jóias, perfumes e vestimentas caras. Das  mulheres  que são símbolo do charme e da beleza. Voluptuosas e  sensuais, porém mais reservadas que as de Iansã. Elas evitam chocar a opinião publica, á qual dão muita importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social".
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente. A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante.
Os filhos de Oxum têm tendência para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral. Gostam de chamar a atenção do sexo oposto.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sExúal intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum. Representam sempre o tipo que atrai e que é, sempre perseguido pelo sexo oposto. Aprecia o luxo e o conforto, é vaidoso, elegante, sensual e gosta de mudanças, podendo ser infiel. Despertam ciúmes nas mulheres e se envolvem em intrigas.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios, mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo. São boas donas de casa e companheiras.
São muito sensíveis a qualquer emoção, calmos, tranqüilos, emotivos, normalmente têm uma facilidade muito grande para o choro.
O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros.
Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente, porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Pode vir a ser interesseiro e indeciso, mas seu maior defeito é o ciúme. Um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.
É muito desconfiado e possuidor de grande intuição que muitas vezes é posta à serviço da astúcia, conseguindo tudo que quer com imaginação e intriga. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo de frente. Sua atitude lembra o movimento do rio, quando a água contorna uma pedra muito grande que está em seu leito, em vez de chocar-se violentamente contra ela, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
Entretanto, ás vezes, parecem esquecer um objetivo que antes era tão importante, não se importando mais com o mesmo. Na realidade, estará agindo por outros caminhos, utilizando outras estratégias.
Oxum é assim: bateu, levou. Não tolera o que considera injusto e adora uma pirraça. Da beleza à destreza, da fragilidade à força, com toque feminino de bondade
Cozinha ritualística

Omolocum
Feijão fradinho cozido, passado no azeite de dendê com salsa picada e camarão seco também picado ou ralado. Coloca-se em tigela de louça branca, acrescentando de ovos cozidos por cima.
Com canjica branca
Canjica branca cozida em água pura sem sal e feijão fradinho cozido em água pura sem sal. Coloca-se, numa tigela de louça branca, uma camada de canjica, uma camada de feijão fradinho e, por cima, 3 ovos cozidos cortados em rodelas.
Lendas de Oxum
Como Oxum Conseguiu Participar Das Reuniões Dos Orixás Masculinos
Logo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva.  Olorum foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê (Iyáláòde), título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade.
Como Oxum Criou O Candomblé
Foi de Oxum a delicada missão dada por Olorum de religar o orum (o céu) ao aiê (a terra) quando da separação destes pela displicência dos homens. Tamanho foi o aborrecimento dos orixás em não poder mais conviver com os humanos que Oxum veio ao aiê (a terra) prepará-los para receber os deuses em seus corpos. Juntou as mulheres, banhou-as com ervas, raspou e adornou suas cabeças com pena de Ecodidé (um pássaro sagrado), enfeitou seus colos com fios de contas coloridas, seus pulsos com idés (pulseiras), enfim as fez belas e prontas para receberem os orixás. E eles vieram. Dançaram e dançaram ao som dos atabaques e xequerês. Para alegria dos orixás e dos humanos estava inventado o Candomblé.

Oxum É Destemida Diante Das Dificuldades Enfrentadas Pelos Seus
1.    Ela usa sua sensualidade para salvar sua comunidade da morte. Dança com seus lenços e o mel, seduzindo Ogum até que ele volte a produzir os instrumentos para a agricultura. Assim a cidade fica livre da fome e miséria.
2.    Oxum enfrenta o perigo quando Olorum, Deus supremo, ofendido pela rebeldia dos orixás, prende a chuva no orum (Céu), deixando que a seca e a fome se abatam sobre o aiê (a Terra). Transformada em pavão, Oxum voa até o deus maior levando um ebó, para suplicar ajuda. No caminho ela não hesita em repartir os ingredientes da oferenda com o velho Oxalufã e as crianças que encontra. Mesmo tornando-se abutre pelo calor do sol, que lhe queima, enegrecendo as penas, ela alcança a casa de Olorum. E consegue seu objetivo pela comoção de Olorum.
3.    Oxalá tem seu cajado jogado ao mar e a perna ferida por Iansã. Oxum vem para ajudar o velho, curando-o e recuperando seu pertence. Ela é adorada por Oxalá.
4.    Com grande compaixão, Oxum intercede junto a Olorum para que ele ressuscite Obaluaiê, em troca do doce mel da bela orixá.
5.    E ela garante a vida alheia também ao acolher a princesa Ala, grávida, jogada ao rio por seu pai. Oxum cuida da recém-nascida, a querida Oiá.
A Riqueza De Oxum
Com suas jóias, espelhos e roupas finas, Oxum satisfaz seu gosto pelo luxo. Ambiciosa, ela é capaz de geniais estratagemas para conseguir êxito na vida. Vai à frente da casa de Oxalá e lá começa a fazer escândalo, caluniando-o aos berros, até receber dele a fortuna desejada para então se calar. E assim Oxum torna-se "senhora de tanta riqueza como nenhuma outra Yabá (Orixá feminino) jamais o fora".
Os Amores De Oxum
Oxum luta para conquistar o amor de Xangô e quando o consegue é capaz de gastar toda sua riqueza para manter seu amado.
Ela livra seu querido Oxossi do perigo e entrega-lhe riqueza e poder para que se torne Alaketu, o rei da cidade de Ketu.
Oxum provoca disputa acirrada entre dois irmãos por seu amor: Xangô e Ogum, ambos guerreiros famosos e poderosos, o tipo preferido por ela. Xangô é seu marido, mas independente disso, se um dos dois irmãos não a trata bem, o outro se sente no direito de intervir e conquistá-la. Afinal Oxum quer ser amada e todos sabem que ela deve ser tratada como uma rainha, ou seja, com roupas finas, jóias e boa comida, tudo a seu gosto. A beleza é o maior trunfo do orixá do amor. Como esposa de Xangô, ao lado de Obá e Oiá, Oxum é a preferida e está sempre atenta para manter-se a mais amada.

Como Oxum Conseguiu O Segredo Do Jogo De Búzios
Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exú e este não queria lhe revelar. Oxum foi procurá-lo. Ao chegar perto do reino de Exú, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exú se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exú o cega e arde muito. Exú gritava de dor e dizia;
- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exú, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo  com Exú.

Conta-nos outra lenda, que para aprender os segredos e mistérios da arte da adivinhação, Oxum, foi procurar Exú. Exú, muito matreiro, falou à Oxum que lhe ensinaria os segredos da adivinhação, mas para tanto, ficaria Oxum sobre os domínios de Exú durante sete anos, passando, lavando e arrumando a casa do mesmo, em troca ele a ensinaria.
E, assim foi feito, durante sete anos Oxum foi aprendendo a arte da adivinhação que Exú lhe ensinará e conseqüentemente, cumprindo seu acordo de ajudar nos afazeres domésticos na casa de Exú. Findando os sete anos, Oxum e Exú, tinham se apegado bastante pela convivência em comum, e Oxum resolveu ficar em companhia desse Orixá. Em um belo dia, Xangô que passava pelas propriedades de Exú, avistou aquela linda donzela que penteava seus lindos cabelos a margem de um rio e de pronto agrado, foi declarar sua grande admiração para com Oxum. Foi-se a tal ponto que Xangô, viu-se completamente apaixonado por aquela linda mulher, e perguntou se não gostaria de morar em sua companhia em seu lindo castelo na cidade de Oyó. Oxum rejeitou o convite, pois lhe fazia muito bem a companhia de Exú. Xangô então irritado e contrariado, seqüestrou Oxum e levou-a em sua companhia, aprisionando-a na masmorra de seu castelo. Exú, logo de imediato sentiu a falta de sua companheira e saiu a procurar, por todas as regiões, pelos quatro cantos do mundo sua doce pupila de anos de convivência. Chegando nas terras de Xangô, Exú foi surpreendido por um canto triste e melancólico que vinha da direção do palácio do Rei de Oyó, da mais alta torre. Lá estava Oxum, triste e a chorar por sua prisão e permanência na cidade do Rei. Exú, esperto e matreiro, procurou a ajuda de Orumilá, que de pronto agrado lhe cedeu uma poção de transformação para Oxum desvencilhar-se dos domínios de Xangô. Exú, através da magia pode fazer chegar as mãos de sua companheira a tal poção. Oxum tomou de um só gole a poção mágica e transformou-se em uma linda pomba dourada, que voou e pode então retornar em companhia de Exú para sua morada.



    A DEUSA DO AMOR


ORIXÁ DAS ÁGUA DOCES DOS RIOS



     ORIXÁ OXUM
 


 

  •   O Festival de Oxum é realizado anualmente na cidade de Osogbo, Nigéria. O Bosque Sagrado de Osun-Osogbo, onde se encontra o Templo de Oxum, é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2005.

    Ọṣun-Oṣogbo ou Bosque Sagrado de Osun-Osogbo é uma floresta sagrada às margens do rio Oxum que se encontra na cidade de Oṣogbo, Nigéria.

    Características dos filhos da orixá Oxum

    O filhos de Oxum dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia. Seus filhos e filhas são doces, sentimentais, agem mais com o coração do que com a razão e são muito chorões.
    Filhas de Oxum tem intuição forte e podem se tornar líderes espirituais
    São extremamente vaidosos e conquistadores, adoram o luxo, a vida social, além de sempre estarem namorando. São obstinadas na procura dos seus objetivos.
    Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
    Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
    Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
    Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos deOxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
    O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás (mães-de-santo) da história do Candomblé, tenham sido ou sejam deOxum.

    Qualidades de Oxum

    Oxum é a deusa da beleza e graciosidade
    • Kare – veste azul e dourado, cor do ouro. Usa um abebé e um ofá dourados.
    • Iyepòndàá ou Ipondá – é a mãe de Logunedé, orixá menino que compartilha dos seus axés. Ambos dançam ao som do ritmo ijexá, toque que recebe o nome de sua região de origem. Usa um abebé (espelho de metal) nas mãos, uma alfange (adaga), por ser guerreira, e um ofá (arco e flecha) dourado, por sua ligação com Oxóssi. É uma das mais jovens.
    • Yeye òkè
    • Iya Ominíbú
    • Ajagura
    • Ijímú
    • Ipetú
    • Èwuji
    • Abòtò
    • Ibola
    • Gama (Vodun feminino da mesma energia de Sakpatá, incorporado ao culto Yorubá através de sua concernente Oxum)
    • Oparà ou Apará – qualidade de Oxum, em que usa um abebé e um alfange (adaga) ou espada. Caminha com Oya Onira, com quem muitas vezes é confundida. Diferente das outras Oxuns por ter enredo com muitos Orixás, vem acompanhada de Oyá e Ogum.

    Culto a Oxum

    • Dia principal de culto: Sábado
    • Comemoração Anual: 08 de dezembro
    • Cores: Amarelo, ouro, rosa, azul claro
    • Símbolo: Leque com espelho (Abebé)
    • Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)
    • Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade
    • Saudação: Ora Yêyê Ô!
    • Velas: branca, rosa e azul clara
    • Oferendas: Omolocum, rosas e palmas amarelas, espelhos, bonecas, etc.

    Participação na Comemoração Anual de Oxum

    Trabalhos especiais para Oxum incluem amarração de amor, união de casais, gravidez, etc.
    No dia 08 de dezembro“Dia de Nossa Senhora da Conceição” faço a minha mais importante “Obrigação Anual” para meu orixá de cabeça, minha mãe OXUM.
    Nesta data, algumas oferendas e cerimônias são fechadas e outras são abertas a participação pública. Este é um dia muito especial para trabalhos relacionados a união de casaismatrimônioamarração de amor, etc, pois Oxum é a deusa do amor.
    Este é um dia especial também para aquelas mulheres que querem fazer trabalhos para engravidar pois Oxumpreside a maternidade e o parto.
    Dia ideal para os filhos de Oxum prestarem homenagens fazendo oferendas a deusa e garantirem as bençãos para o próximo ano que inicia.
    Trabalhos para esta data podem ser agendados com bastante antecedência sob consulta prévia com a mãe de santo.
    Se você deseja participar das comemorações deste dia tão importane clique aqui ==>> “Comemoração Anual para Mamãe Oxum” 

    Fonte: wikipédia
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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

NO DIA 27 DE SETEMBRO A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS ESTARA HOMENAGEANDO COSME,DAMIÃO E DOUM.



SALVE, SALVE! SÃO COSME E DAMIÃO E DOUM






Hoje é dia de festa par as criançadas e para muito adulto também por que não? Muita bala, muito doce... Mais também tem aquele lado espiritual, um lado que não podemos esquecer, devemos aproveitar esta data para nos conectar com as crianças espirituais e pedir luz em nosso caminho, muita paz e saúde pra nos e nossas crianças. E que traga paz para o mundo e para os seres humanos que andam tão perdidos.
Que Cosme e Damião e Doum traga tudo de bom para todos nos.
Salve! Salve as crianças....

NO DIA 27 DE SETEMBRO A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS
ESTARA HOMENAGEANDO COSME,DAMIÃO E DOUM


SALVE COSME , DAMIÃO E DOUM





Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma como morreram. Seu culto já estava estabilizado no Mediterrâneo no século V. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma, onde foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS – Cosme e Damião.
 Alguns relatos atestam que eram originários da Arábia, mas de pais cristãos. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio. Surgiram várias versões, mas nenhuma comprovada com fundamento histórico. Em uma das fontes, explica-se que eram dois irmãos, bons e caridosos que realizavam milagres. Alguns relatos afirmam que foram amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e inimigos dos deuses romanos. Em outra versão, na primeira tentativa de morte, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.


 Depois de mortos, apareceram materializados ajudando crianças que sofriam violências. Ao gêmeo Acta é atribuído o milagre da levitação e ao gêmeo Passio a tranqüilidade da aceitação do seu martírio. A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos, pois, quando em vida, exerciam a medicina na Síria, em Egéia e Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.

 Sempre confiantes em Deus, oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de “santos pobres”. Muitos esforços foram feitos para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã dos filhos gêmeos pagãos de Zeus. Isto não é verdade, embora haja evidências de que a superstição popular muitas vezes fez supor haver em seu culto uma adaptação do costume pagão.
 No Brasil, em 1530, a igreja de Iguaraçu, em Pernambuco, consagrou Cosme e Damião como padroeiros. No dia 27 de setembro, quando é realizada a festa aos santos gêmeos, as igrejas e os templos das religiões afro-brasileiras são enfeitados com bandeirolas e alegres desenhos.



Na umbanda, são associados aos “ibejis”, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa ” o enfeitado” e Damião, “o popular”.
Este personagem material e espiritual surgiu nos cultos Afros quando uma macamba (denominação de mulher, na seita Cabula) dava a luz a dois gêmeos e, caso houvesse no segundo parto o nascimento de um outro menino, era este considerado “Doum”, que veio ao mundo para fazer companhia a seus irmãos gêmeos. Caso viesse à luz duas meninas gêmeas, recebiam o nome de “Liana” e “Damiana” e, se nascesse outra menina a seguir, a esta criança davam e dão o nome de “Damiana”





DOUM

 Simboliza o ESPÍRITO em sua PRIMEIRA FASE de ENCARNAÇÃO.
 Respresenta a criança recém-nascida e por extensão, a primeira infância. A energia pura, o espírito imaculado.
 No cristianismo é sempre representada pela imagem dos gêmeos SÃO COSME e SÃO DAMIÃO.
 Na Umbanda há uma terceira imagem menor entre os dois santos e representa "DOU" ( ou mais popularmente "DOUM"), o primeiro filho nascido após o parto gêmeo.
 Cosme, Damião e Doum eram trigêmeos e que com a morte de Doum os outros dois irmãos se tornaram determinados em aprender e praticar a medicina para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita. Doum, personifica as crianças com idade de até sete anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.
Padroados: Farmacêuticos; Faculdades de Medicina; Barbeiros e Cabeleireiros.
Protege: Orfanatos; Creches; Doceiras; Filhos em casa;
Sincretizado na umbanda como representantes da falange das crianças a ibejada, comemorado no dia 27 de setembro. Esta data é remetida a doces e alegria, sempre com festas enfeitas oferecidas as crianças do céu.
    Os eres ou ibejada  são guias que vem na apresentação fluídica de crianças contendo assim sua fala, comportamento e humildade.


Criança também trabalha! 
    Um mito que envolve a umbanda que criança só desce para brincar e que não tem doutrina. Porem,esses guias de luz ensinam com humildade lições valiosas.
    Geralmente crianças com nomes de pátrias espirituais "Aninha d'angola" , "Huguinho de Aruanda" entre outros trabalham junto com pretos velhos. tem como missão ajudar nas curas e ensinamentos. 
    Crianças que carregam no nome lugares "Terezinha da cachoeira", "Paulinho da mata", "Mariazinha da praia" entre outros trabalham com caboclos, ondinas e sereias e tem como missão ajudar em passes fluídicos para harmonizar o ambiente.
    Muitos médiuns tem dificuldade em aceitar este tipo de trabalho dizendo que criança só brinca. Isto tem como reflexo a nossa sociedade que é praticamente inviável você após adulto aprender com uma criança.
   A grande lição que esta falange de luz traz para nós é escutarmos as nossas crianças da terra.Pois a inocência é uma das virtudes mais bonitas que perdemos quando crescemos.


Falange do erê
Arlindo Cruz

Só quem acredita vê
Que essa vida é um doce
Mesmo se não fosse
Eu seria assim
Sou menino brincalhão
Encontrei a chance
Bem ao meu alcance
E a agarrei pra mim
(Eu dou)
Viva Cosme e Damião, doum (doum)
Viva Cosme e Damião
Viva Cosme e Damião
O que importa é que a gente miúda
Me trouxe ajuda, quando eu precisei
E o que prego nas minhas andanças
Que só as crianças me ditam a lei
E assim me sinto protegido
Ungido com a viscosidade da fé
Sua benção é presença imensa
Que vença com a crença que tem seu axé
(Eu dou)
Viva Cosme e Damião, doum (doum)...
Da vida tão amargurada
Essa gurizada me fez renascer
Hoje sou cobra criada
Salve a ibejada falange do erê
Vinte e sete de setembro
Eu sempre me lembro, não esqueço de dar
Cocada, pacóca, suspiro, pipoca
Bola, bala, bola, cuscuz e manjar
(Eu dou)
Viva Cosme e Damião, doum (doum)...



SARAVÁ

PEDRINHO
TEREZINHA
LUZIA
MARIAZINHA
MOLEQUE
ROBERTINHO
ESTELA
TONINHO
TIÃOZINHO
E TANTOS OUTROS


domingo, 21 de julho de 2013

NO DIA 30 DE AGOSTO A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS ESTARÁ
COMEMORANDO A LINHA DOS BOIADEIROS


ESPÍRITOS DA UMBANDA - BOIADEIROS

Ante o sucesso da série de estudos "Orixás da Umbanda", surgiu a necessidade de prosseguir os estudos sobre nossa sagrada religião. Uma vez que os Orixás já foram comentados, é chegado o momento de falar dos espíritos, das entidades que atuam na Umbanda, que comandam nossos trabalhos e que nos trazem mensagens do plano espiritual. Buscar-se-á abordar todas as questões inerentes ao tema, deixando claro, logicamente, que o leitor possui toda a liberdade de questionar e de mandar suas dúvidas.

Que Oxalá nos ilumine! Um bom estudo a todos!


ESPÍRITOS DA UMBANDA - BOIADEIROS





Iremos tratar neste humilde texto de espíritos trabalhadores da Umbanda, que simbolizam a  coragem, força, virilidade, honestidade e a robustez. São eles nossos amigos Boiadeiros.

Os Boiadeiros também integram a chamada Linha Intermediária ou Auxiliar, podendo atuar livremente tanto nas linhas de direita quanto de esquerda.


São espíritos de peões, tropeiros, antigos vaqueiros do sertão, pessoas que tiveram sua vida dedicada à lida com o gado. Os espíritos integrantes dessa linha também são chamados de Caboclos de Couro, expressão dada para diferenciar dos Caboclos de Pena, que são espíritos de índios.

Esses espíritos podem se apresentar como Caboclos Boiadeiro, mais ligado à mata, à Oxossi, à Jurema ou como Baiano Boiadeiro, entidade mais ligado à Bahia e semelhante  aos espíritos de Baianos. Ademais, todos integram a linha de boiadeiros. Sabe-se que os antigos vaqueiros rodavam o país inteiro, montado em seu cavalo, tocando o gado. Por essa razão, essas entidades não são caracteristicas apenas de uma região, mas de todo o país.
Por isso, existem pontos cantados que falam na Bahia, em Minas Gerais,etc.


Esses espíritos por utilizarem quando encarnados, usam em seus trabalhos o chapéu e  jaleco de couro, o lenço vermelho, cordas de laço, berrante,etc.

A linha de Boiadeiro possui um significado interessante. Esses espíritos de homens corajosos, fortes e destemidos, passaram a trabalhar no plano espiritual contra a demanda e forças negativas. O boi de agora, nada mais é do que os Kiumbas, as forças negativas que precisam ser laçadas e controladas. Sua boiada também pode significar os filhos de fé que são "tocados" em direção à evolução.

A manifestação desses espíritos no terreiro é de fácil reconhecimento. Geralmente chegam com o braço direito levantado e girando, como se estivesse laçando com sua corda. Seu brado soa como se estivesse tocando gado: "Êêê Boi".

Esses espíritos são sérios, carrancudos, disciplinados, não gostam de bricadeira e nem de meio termo. Tem uma linguagem difícil, típica do homem rude do sertão. Dão seus conselhos, seus passes, fazem seus trabalhos com a maior humildade e simplicidade. Utilizam-se de cachaça, de cigarros de palha ou charutos. Gostam de usar chapéu de couro, de ter nas mãos seu laço de corda, instrumentos que utiliza em seus trabalhos.

Esses espíritos atuantes da Umbanda, também podem ser encontrados nos chamados Candomblés de Caboclo, ligados à nação de Angola, com algumas caracteristicas diferentes. (Quem quiser conhecer mais sobre o candomblé de caboclo, acesse:http://www.youtube.com/watch?v=uHlZILXepFQ ).

Gostam da comida dos tropeiros, em especial da carne de sol.

Em suas oferendas, utiliza-se a carne de sol, a cachaça, o fumo e velas que podem ser das cores laranja ou vermelha. São grandes protetores das criações, plantações,etc.
Sua oferenda, preferencialmente, é realizada nas campinas ou beira de estradas.

Assim como os demais espíritos da Umbanda, eles são organizados em falanges, sendo as mais conhecidas:

Chico da Porteira;

Zé do Laço;

Zé da Campina;

Tião;

Zé Mineiro;

Serra Negra;

Boiadeiro Navizala;

Laço Nervoso;

Carne de Boi;

Zé do trilho;

Serafim;

João Bento;

etc.

Sua saudação, popularmente conhecida, é "Xetruá" "Xetro Marrumbaxêtro". Essas saudações não possuem um significado claro. Muitos defendem que elas são inerentes a forma como os boiadeiros dão seu brado quando tocam o gado.
  

PONTOS CANTADOS

Os pontos cantados para a linha de Boaideiros, falam sobre a vida desses espíritos. Sua luta diária no sertão, o uso do berrante, do lenço do chapéu de couro, a lida com o gado, etc. Seguem abaixo, alguns dos pontos cantados usadados para chamar e louvar nossos queridos irmãos e guias Boaiadeiros.

PONTO 01

Quem vem lá é dois, dois de ouro,
Quem vem lá boiadeiro sou eu!
A cancela do meio bateu,
Sou eu, boiadeiro, sou eu!

Boiadeiro, boiadeiro,
Sua boiada esparramada,
Boiadeiro chama seu guia,
E vai ver sua boiada!

PONTO 02

Zé do Laço corre a gira,
Chico Bento abre a porteira,(2X)

Olha lá quem vem chegando,
Vem chegando é Boiadeiro!(2X)

Zé do Laço é, ele é laçador!(2X)
Ele vem pra trabalhar, com Deus e nosso Senhor!(2X)

PONTO 03

Bate o tambor de mina,
que eu vou chamar boiadeiro,
Caboclo bom que no laço,
Eu nunca vi tão ligeiro! (2X)

Chegou João Boaideiro,
Abre cancela senhor,
A minha saudação na Santa Paz do Senhor,
Meu gado deixei lá fora, avise quem me chamou!

Bate o tambor de mina,

que eu vou chamar boiadeiro,
Caboclo bom que no laço,
Eu nunca vi tão ligeiro! (2X)

Conhece aonde tem pasto,
Para seu gado leiteiro,
No gongá conhece o filho,
Que é bom e verdadeiro!

Bate o tambor...

PONTO 04

Xetruê, Xetruá
Corda de laçar meu boi!

Xetruê, Xetruá,
Corda de meu boi laçar! (2X)

Seu Boiadeiro,
cadê sua boiada? (2X)

Seu Boiadeiro por aqui choveu!
Seu Boiadeiro por aqui choveu!

Choveu, choveu e relampeou!
Foi tanta água, que seu boi nadou!
Foi tanta água, que seu boi nadou!

PONTO 05

Eu tenho meu chapéu de couro,
Eu tenho a minha guiada,
Eu tenho meu lenço vermelho,
Para tocar minha vaquejada! (2X)

PONTO 06

De lá vem vindo,
De lá vem só,
De lá vem vindo a força maior! (2X)

De lá vem vindo Boiadeiro,
De lá vem só!
Venha trazendo a força maior!

De lá vem vindo...

PONTO 07

A menina do sobrado,
mandou me chamar pra seu criado! (2x)

Eu mandei dizer a ela,
Estou vaquejando meu gado!

Êêê Boiadeiro, eu gosto de samba arrodeado (2X)

PONTO 08

Seu João Carreira, na estação da Leopodina,
Vinha carreando boi lá pras bandas de Minas!

Ô Mineiro ê,
Ô Mineiro á (2X)

Que coisa mais linda, povo de Minas não há (2X)

PONTO 09

Nas tranças do seu cabelo,
Eu bebi água de gravatá, seu Boiadeiro! (2X) 
Eu bebi água de gravatá seu Boiadeiro,
E de chapéu de couro! (2X)

Seu Boiadeiro cadê sua boiada? (2X)
Sua boiada ficou lá em Belém, seu chapéu de couro ficou lá também! (2x)

PONTO 10

Pedrinha miudinha!
Pedrinha de Aruanda ê!
Lajeiro, tão grande!
Tão grande de Aruanda ê!

PONTO 11

Boa noite, meu senhores (2X)
Dai-me licença, para o cavaleiro! (2X)

Eu morei, em matara fechada (2X)
O meu nome é Caboclo Vaqueiro (2X)

Boa noite...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

NANÃ BURUQUÊ

          DIA 26 DE JULHO A TENDA ESPÍRITA 7 LUAS
         COMEMORA A FESTA DE NANÃ BURUQUÊ


NANÃ BURUQUE E SUA HISTÓRIA

Nanã de buroquê.nana1

Nanã
 é a mãe primeira de toda humanidade, conforme a lenda o
homem após várias tentativas de usar diversos materiais, foi feito do barro (lodo primordial das matérias na crosta terrestre), e soprado a vida em suas narinas por oxalá, sendo que a única restrição de Nanã foi para quando este homem morresse a sua matéria seria devolvida aos seus domínios, sincretizada como Nossa Senhora De Santana a avó de Jesus , dona das águas paradas, das chuvas e dos pantanos,ela decanta em seus domínios toda as matérias impuras dos homens, preparando assim a limpeza do espírito para próxima reencarnação.

 Nanã é a deusa mãe em todas as culturas.
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Grande senhora das terras molhadas e fecundas, com a qual foram criados todos os seres, reina na lama que formou a Terra, nas águas paradas e pântanos.

Nanã, senhora de muitos búzios, que simbolizam fecundidade, riqueza e morte. É associada ao barro com que foi moldado o primeiro homem; ao fundo de rios e mares. É o ponto de contato entre as águas e a terra. Vive nas madrugadas, quando o orvalho umedece a terra.
Nanã, pelo fato de ser um dos primeiros Orixás criados por Olorun, é caracterizada como uma anciã, ou uma avó. É guardiã do reinado dos eguns e ancestrais, assim como Obaluayê; usando o ibiri (espécie de bastão ritual com a ponta curva, confeccionado com palha da costa e búzios) como elemento controlador e genitor. Seus preceitos são extremamente complexos e ricos em detalhes... Ao mesmo tempo em que dá vida às criaturas, faz com que retornem ao seu elemento de origem, para mais tarde, renascerem na Terra, formando o ciclo da vida e da morte. Por isso, o corpo após a morte, deve ser devolvido a terra, de onde ele saiu um dia.
Nanã Buruku é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência, dignidade e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres.
Suas filhas têm um temperamento introvertido. Ativas e severas, gostam de ordem e limpeza. São discretas, cumpridoras de suas promessas e adoram crianças. Elas gostam das crianças e educam-nas, talvez, com excesso de doçura e mansidão, pois têm tendência a se comportarem com a indulgência dos avós.
Texto: by Pierre Verger

São conservadores e presos aos padrões convencionais estabelecidos pelos homens. Calmos, às vezes mudam rapidamente de comportamento, tornando-se guerreiros e agressivos; quando então, podem ser perigosos, o que assusta as pessoas. Levam seu ponto de vista ás últimas conseqüências.
Quando mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. São ciumentas e possessivas. Exigem atenção e respeito, são pouco alegres e não gostam de muitas brincadeiras. São majestosos e seguros nas ações e procuram sempre o caminho da sabedoria e da justiça.


“Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte”

Ela é a origem e o poder. Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajetória do homem sobre a terra, pois Nanã é a História. Nanã é água parada, água da vida e da morte.

Nanã pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade da sua essência.

É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nanã. Respeitada e temida, Nanã, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
Texto: web page Candomblé o mundo dos Orixás

Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas; sendo portanto também sua criação, simultânea a da criação do mundo.
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1. Com a junção da água e a terra surgiu o barro.
2. O barro com o sopro divino representa movimento.
3. O movimento adquire estrutura.
4. Movimento e estrutura surgiram à criação; O homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a divindade suprema que junto com Zâmbi (divindade máxima de um culto), fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.

A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã.
oxumEm outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.

A Orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural.